tag:blogger.com,1999:blog-27517439957551572402024-03-14T03:23:18.343-03:00Aminh'ArtANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.comBlogger27125truetag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-76728075629928982232021-11-01T02:46:00.003-03:002021-11-05T19:49:42.936-03:00Biografia de Van Gogh<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<div><span style="text-align: justify;">Groot Zandert não aparece nos mapas: é mais uma aldeia do que uma vila. Céu permanentemente nublado, mar acinzentado, aldeia sombria e triste. Ali na Holanda, nasceu Vincent van Gogh, que libertou a cor.</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-16jG1eAaTzU/YX9PD5QQIyI/AAAAAAAAAj4/exGuAIPnLmQuCsV6Y_G1Zj2aurLY_sWSQCPcBGAYYCw/s1399/Auto-Retrato%252C%2B1887.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1399" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-16jG1eAaTzU/YX9PD5QQIyI/AAAAAAAAAj4/exGuAIPnLmQuCsV6Y_G1Zj2aurLY_sWSQCPcBGAYYCw/w274-h320/Auto-Retrato%252C%2B1887.jpg" width="274" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Auto-Retrato (1887); coleção de V. W. van Gogh, Laren, Holanda</span></td></tr></tbody></table>Seu pai Theodorus van Gogh, é pastor calvinista. Sua mãe, mulher ciosa e sempre tão preocupada com tudo, que sofre dos nervos. Sua casa, ampla, abastada, limpa, mas antiga, sem luz. Foi ali que Vincent passou a infância, apagada, tranquila. Afirmam seus biógrafos, quase que unanimemente, que foi uma infância enfadonha de um menino tristonho numa casa lúgubre de família severa. Infância melancólica, tédio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Rebelde, inclinado a solidão, até mesmo insociável - na medida em que rejeitava a realidade e a estrutura da sociedade à qual pertencia - , Vincent é um desajustado no seu lar, em sua terra, em sua sociedade. Sabe disso - e procura uma saída. Mas não consegue encontrá-la, e aceita a sugestão do pai: aos 16 anos de idade vai para Haia trabalhar com o tio, que ali fundara uma sucursal da Galeria Goupil - uma importante empresa francesa que comercia com obras e livros de arte. Aí fica três anos, durante os quais sempre insiste com o tio para viajar, para ver o mundo, para alargar seus horizontes. Mas não vai longe: de Haia é mandado para Bruxelas, onde passa dois anos. Depois, segue para Londres - sempre a serviço da Galeria de Goupil - e ali permanece dois anos e meio. Mas a falta do sol o enerva, a apática calma dos países visitados o desgasta: sonha com Paris, onde julga poder libertar-se de todas as suas frustrações, onde - acredita - possa viver na plenitude que jamais conhecera. É uma ideia fixa, reforçada pela imagem que emana de Paris, então centro cultural e artístico da Europa, já cidade-luz, ainda capital do mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1875, Van Gogh consegue a transferência para Paris. Deslumbra-se com as ruas, já iluminadas a gás, dinâmicas e movimentadas, fascina-se com o ininterrupto cintilar das reluzentes noites multicoloridas das grandes avenidas. Tudo o encanta, tudo o seduz: lê Flaubert, Dumas, Hugo, Rimbaud, Baudelaire; admira as campinas românticas de Coubert e os heróis épicos de Delacroix - o que se vende em matéria de pintura. Mas não gosta do emprego. Ao invés de vender os quadros da Galeria Goupil, frequenta outras galerias, dedica-se à leitura de livros sobre arte, forma opiniões próprias, discute com os clientes. Acaba indispondo-se com a freguesia. Em abril de 1876 é demitido do grupo Goupil. Tem 22 anos, muitas ilusões, muitas frustrações, nenhum plano para o futuro. Toma o caminho de casa - agora em Etten, para onde se transferiu a família. Mas este filho rebelde representa ainda, para o pai, uma decepção; para a mãe, a desilusão. Só Theo, o irmão mais moço, o compreende.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É extremamente difícil e depressivo para Vincent o ano de 1876. Sofre seguidas crises nervosas, longos períodos de mutismo e solidão, que resultam em violento misticismo. Torna-se tão fervorosamente religioso que até seu pai, embora pastor, considera exagerada a atitude do filho. No fundo, para Vincent, a religiosidade representa apenas o caminho de fuga da sociedade, da família, da realidade que o cerca. Inicialmente, realiza a fuga indo para a Inglaterra, onde tenta ensinar francês e alemão em escolas. Mas tem tão pouco conhecimento dessas línguas que a tentativa acaba logo: nem as escolas primárias o querem. Volta então à Holanda, onde se trabalha três meses numa livraria em Dordrecht, até que decide seguir a carreira do pai: será pastor. Mas será pastor entre os pobres: escreve ao irmão dizendo que a miséria o atrai.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No Natal de 1878 está em casa, magro e abatido. Agora está do seu futuro: vai para o Seminário Teológico da Universidade de Amsterdam. Reprovado por falta de base, segue um curso trimestral na Escola Evangélica, em Bruxelas, e, a pedido do pai, consegue o lugar de pregador missionário nas minas de carvão de Borinage, na Bélgica. Os mineiros desconfiam deste homem estranho, mesmo quando Van Gogh distribui o pouco que tem, mesmo quando passa a trabalhar nas minas para se identificar com a gente que tem de orientar e conduzir como pastor. Mas sua obstinação no trabalho e no sofrimento inquieta os superiores: ele não segue as diretrizes oficiais, prega pouco, preocupa-se demasiadamente com os doentes e as crianças. E, apesar das insistências superiores, não deixa de trabalhar na mina. Em julho de 1879 é demitido. Perde a fé e a saúde. A doença leva-o para casa. Convalescente, conclui que não é aquela a sua verdadeira vocação. Mas não sabe qual é.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Instala-se em Cuesmes e passa o tempo a ler, desenhando de memória as cenas de Borinage. É um despertar. Agora sabe o que quer: será pintor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Theo já é um dos dirigentes da Galeria de Goupil. Está em Paris, introduzido no meios artísticos. Vincent almeja o mesmo. Por enquanto, com o dinheiro que o irmão lhe manda, estuda anatomia e perspectiva. Entusiasma-se com Millet, pintor realista contemporâneo, e passa os dias desenhando. Surpreende os homens e as mulheres no trabalho, na rua, no mercado, quer pintar gente viva e ativa, critica os personagens da pintura clássica, "gente que não trabalha". Mora em Bruxelas, num pequeno hotel. Está alegre e febril. Escreve ao irmão que pretende fazer "uma arte de homens", mas de homens de sua terra. Por isso, muda-se para Haia. Mas quando estuda no atelier de Anton Mauve, fica irritado e briga com o pintor. Desgostam-no as concepções acadêmicas. Escreve de novo: "Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida". Vida para ele são paisagens e gente, isto é, camponeses e mineiros, campos e trigais. O pintor Mauve o encoraja. O pai pastor o inibe. Um modelo - Christine - o acolhe. "Encontro em mim uma harmonia e musicalidade calma e pura", escreve então a Theo. Mas os quadro que pinta ainda são pesados e escuros. Transmitem a realidade que o pintor vê, e esta é sombria e cinzenta. Christine o abandona. A criança que deu à luz morre.</div><div style="text-align: justify;"><br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/--XnFHsvSrB8/YX9ULgcEccI/AAAAAAAAAkA/2nb837VHL58i9FmKcHsWnBtgKuZDSJrrgCLcBGAsYHQ/s500/Os%2Bcomedores%2Bde%2BBatata.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/--XnFHsvSrB8/YX9ULgcEccI/AAAAAAAAAkA/2nb837VHL58i9FmKcHsWnBtgKuZDSJrrgCLcBGAsYHQ/s320/Os%2Bcomedores%2Bde%2BBatata.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Os Comedores de Batata (1885); coleção de V. W. van Gogh, Laren, Holanda.</span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">Novamente em crise, Vincent passa fome. Theo consegue levá-lo para casa. A família vive agora em Nuenen, onde o pintor passa dias tranquilos, lendo, passeando, desenhando, pintando. Mas a harmonia é interrompida. O pai morre repentinamente. Apaixonada por Vincent e não correspondida, uma moça tenta matar-se. Ele escreve a Theo: "Quando amamos sinceramente o que é realmente digno de amor, sem dispersar o amor entre as coisas insignificantes, nulas e enfadonhas, obtemos a nosso redor mais luz - e isso dá mais força". Mas ainda a luz não domina os seus quadros. Por enquanto, seus óleos são tristes e sombrios. O mais conhecido - e que resume suas concepções estéticas nesse momento - é <i>Os Comedores de Batata</i> (prancha I): um grupo de camponeses sentado em torno de uma mesa onde fumega um único prato de batatas. O ambiente é sombrio, os tons, escuros e empastados, uma lâmpada bruxuleante ilumina os rostos e as mãos marcados pelo trabalho e pelo cansaço, destacando-os. Já então, apesar dos quadros que pinta, Vincent escreve: "A cor expressa algo em si, simplesmente porque existe, e deve-se aproveitar isso, pois o que é belo é também verdadeiro".</div><div style="text-align: justify;"><br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-fq-2qhL2DXw/YX9a52tYJvI/AAAAAAAAAkI/Cot5Wujo6ME3eYyotXc7lyloczBwgzMHgCLcBGAsYHQ/s600/Pai%2BTanguy.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="459" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-fq-2qhL2DXw/YX9a52tYJvI/AAAAAAAAAkI/Cot5Wujo6ME3eYyotXc7lyloczBwgzMHgCLcBGAsYHQ/s320/Pai%2BTanguy.jpg" width="245" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Pai Tanguy (1887-1888); coleção de Stravos Spyros Niarchos, <br />Paris, França</span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">O inverno de 1885/86 encontra Van Gogh em Antuérpia, onde se apaixona definitivamente pela cor, valoriza Delacroix e a pintura japonesa. Escreve a Theo: "O pintor do futuro será um colorista como nunca foi possível antes". Em fevereiro de 1886 chega a Paris. Na loja do Pai Tanguy encontra os trabalhos de Hokussai, Hirochige, Utamaro. Fica impressionado pelo que chama "uma nova maneira de representar objetos e o espaço". E pinta o retrato do <i>Pai Tanguy</i> (Prancha III), um quadro composto por partes que possuem valores distintos, mas que compõem um todo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Van Gogh está morando com Theo e este é o período mais sociável da sua vida. Conhece Toulousse-Lautrec e Bernard, familiariza-se com os impressionistas Monet, Renoir, Pissarro. Um pouco mais tarde, fica íntimo de Gauguin. Reúne-se nos cafés, discute o Impressionismo, assiste à luta que envolve os impressionistas. O estilo e a forma impressionista já venceram então definitivamente. Não se concebe outra maneira de pintar. Todos os grandes pintores contemporâneos são impressionistas: Manet, Monet, renoir, Pissarro, Sisley, Morisot, Boudin, , Degas, Cézanne, Gauguin, Seurat, Toulousse-Lautrec - e a crise divide o grupo no momento em que o público e a crítica finalmente começam a aceitar e compreender a nova escola.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi em 1874 que a Société Anonyme des Artistes Peintres, Sculpteures et Graveurs fez sua primeira coletiva. Baseado no título de um quadro de Monet - <i>impressão, Sol Levante</i> -, o crítico Louis Leroy atacou todos os pintores que expunham e cuja pintura - segundo sua opinião - era "incapaz de transmitir mais do que uma simples impressão, sem valor artístico". Mas Boudin, um dos líderes do movimento, nada viu de negativo no termo, aceitou-o e lançou um manifesto, em que afirmava: "Este é o movimento que leva a pintura ao estudo da luz plena, do ar livre e da sinceridade na reprodução". A exposição de 1876, a segunda do grupo, anunciava-se "contra o espírito greco-romano" e "a organização escolástica da pintura"; já previa a morte da pintura realista. Finalmente, a partir de 1880, o público começa a aceitar o Impressionismo. A exposição reúne Degas, Morisot, Pissarro, Gauguin, junta público, é um sucesso. Mas o crítico de <i>Le Fígaro</i> escreve: "Com exceção de Degas e de Berthe Morisot, o resto não vale a pena de ser visto, e menos ainda discutido". Sobre os impressionistas, de modo geral, acrescenta: "É a pretenção da nulidade. Nem arte, nem estudo, figuras desproporcionadas, sempre a mesma tinturaria cheia de vácuo. Esses homens não se modificam, não podem esquecer nada, pois nada aprenderam".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas em 1881 Manet ganha a Medalha de Segunda Classe no Salão Oficial com o <i>Retrato de Pertuiset</i>, o <i>Caçador de Leões</i> (que está no Museu de Arte de São Paulo), e em 1882 recebe a Legião de Honra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1886 a última exposição dos impressionistas apresenta-os como grupo organizado. Signac e Seurat já se intitulam neo-impressionistas, lançam um caminho novo, baseado nas teorias físicas de Sutter, Helmholtz e Rood sobre a psicologia e a fisiologia da visão, e na análise da luz e da cor. É o Divisionismo, Cromoluminarismo ou Pontilhismo, são os extremistas do Impressionismo, que advogam a decomposição tonal por meio de minúsculas pinceladas nitidamente separadas. É o início da ruptura, pois os impressionistas usavam cores justapostas, sem entremesclar, deixando à retina a função de reconstituir o tom desejado pelo pintor, combinando as impressões registradas. Para os divisionistas, era imprescindível manter uma relação exata entre as cores complementares, a um tom de vermelho correspondendo outro de verde, existindo entre eles uma seção de suporte. A justaposição das complementares dá o aspecto inconfundível chamado <i>pontilhismo</i>, ridicularizado como "pintura de confete", que imortalizou Seurat.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em oposição, os sintetistas compõem seus quadros com cores planas e unidas, livres de qualquer função descritiva ou naturalista, rompem com o Impressionismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Van Gogh toma de uns a prática de construir a figura por meio de pequenos toques coloridos, divididos na tela mas recompostos opticamente pela visão; e dos outros toma a arbitrariedade da cor e pinta, por exemplo, o <i>Auto-Retrato</i> (prancha IV), e mais de 200 quadros em dois anos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-NZN3yEJd9FY/YX9hfFdTakI/AAAAAAAAAkQ/P3Houn1uOAMiMgw6Gk5D2VxCIZVsgS3mgCLcBGAsYHQ/s520/A%2BPlan%25C3%25ADcie%2Bde%2BLa%2BCrau.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="520" height="254" src="https://1.bp.blogspot.com/-NZN3yEJd9FY/YX9hfFdTakI/AAAAAAAAAkQ/P3Houn1uOAMiMgw6Gk5D2VxCIZVsgS3mgCLcBGAsYHQ/s320/A%2BPlan%25C3%25ADcie%2Bde%2BLa%2BCrau.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">A Planície de La Crau (julho de 1888); coleção de V. W. van Gogh, Laren, Holanda.</span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">A saúde precária de Van Gogh não resiste a esses dois anos de vida trepidante em Paris. Viver às custas do irmão cria problemas não só materiais: atormenta-lhe o espírito. Seguindo um conselho de Toulousse-Lautrec, vai para o campo, para a Provença. Em fevereiro de 1888 está em Arles, pintando ao ar livre. A vida ali é calma, tranquila, colorida. Os primeiros quadros (prancha VI e VII) não fazem muita diferença dos que pintou em Paris. Mas chega o sol de verão e Van Gogh se perturba. Entra na parte mais furiosa e produtiva de sua carreira. Liberta as cores a afirma que vai ser um "colorista arbitrário". A luz ilumina os <i>Girassóis</i> (prancha IX) e torna-se um tema: "Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções". Frequenta a família Roulin e pinta Armand (prancha XII), e visita Madame Ginoux, que toma como modelo para <i>La Mousmé</i>, personagem de um romance de Loti.</div><div style="text-align: justify;"><br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_xwlY3JB1oQ/YX9qgbt0LJI/AAAAAAAAAkc/u5YBC0BCH3cBQGDRDaN-ufVB3zWskZIwACPcBGAYYCw/s1600/1635740286542708-0.png" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1212" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-_xwlY3JB1oQ/YX9qgbt0LJI/AAAAAAAAAkc/u5YBC0BCH3cBQGDRDaN-ufVB3zWskZIwACPcBGAYYCw/s320/1635740286542708-0.png" width="242" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Girassóis (1888); coleção de V. W. van Gogh, Laren, Holanda.</span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">A seu convite, Gauguin chega em outubro para trabalharem juntos, "cada um para o seu lado". Seguem-se dois meses de trabalho duro e fértil para ambos. Mas a diferença de temperamento e de atitude diante da vida acaba explodindo numa inevitável desavança. Van Gogh tem crises de humor, discute, agride o amigo, sofre de mania de perseguição e numa das crises tenta ferir Gauguin com uma navalha. Perde a luta, é levado para a cama em lágrimas e com descontrole muscular. Arrependido, corta, de propósito, um pedaço da orelha e manda num envelope à mulher que motivou a briga.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Recolhido ao hospital Saint-Paul para doente nervosos, tem alta em dez dias. Vai para casa e pinta, diante do espelho, o <i>Auto-Retrato com a Orelha Cortada.</i> Seu olhar é de espanto, mágoa, melancolia. As crises se sucedem com frequencia. Continua trabalhando com vigor e fúria, mas Theo não consegue vender seus quadros. Em maio de 1889 ele pede ao irmão que o interne. Vai para o hospital de Saint-Rémy. Seu quarto do hospital é transformado em atelier. Pinta sem parar, e manda dizer ao irmão que está pintando bem. Pinta inclusive a vida no hospital, os doentes, as celas, o pátio, os médicos. Pede para sair, quer pintar paisagens, e sai, vigiado por um guarda. Pinta com fervor, vive intensamente. E escreve a Theo: "Na vida de um artista a morte talvez não seja a coisa mais difícil".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xhtL_GfLbgw/YX9wzBmqh9I/AAAAAAAAAko/YTpFZty2VAUlN02jCE0rtw0b2uqDAZDrwCPcBGAYYCw/s1600/1635741896697279-0.png" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1188" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-xhtL_GfLbgw/YX9wzBmqh9I/AAAAAAAAAko/YTpFZty2VAUlN02jCE0rtw0b2uqDAZDrwCPcBGAYYCw/s320/1635741896697279-0.png" width="238" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Os Ciprestes (junho de 1889); acervo do Museu Metropolitano de Nova York, EUA.</span></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Durante meses passa bem, mas suas paisagens agridem pela violência. Quando as crises voltam, rola no chão e tem alucinações de natureza mística, ouve anjos, briga com demônios. Ao retomar a consciência fica tão abatido que não pode trabalhar. Então se queixa do tempo perdido e, quando volta a trabalhar, , pinta com desespero. Fez mais de 200 novos quadros, centenas de desenhos, e todos revelam sua luta. Theo, chamado, não pode visitar o irmão: sua mulher espera o primeiro filho. Pede a Signac, um amigo pintor, que vá visitá-lo. Signac sai impressionado com a pintura do amigo, fala dela a outros amigos, leva-os à casa de Theo para ver alguns quadros. O jornal <i>Mercúrio de França</i> publica um entusiástico elogio. Uma exposição na Galeria Goupil, em Bruxelas, agita a imprensa de toda a Europa, mas só vende um quadro - <i>A Vinha Vermelha</i>, o único que seria comprado durante a vida do pintor. Theo consegue que o Dr. Gachet, psiquiatra, pintor e amigo de pintores, consinta em cuida do irmão. Van Gogh deixa Saint-Rémy em maio de 1890. Durante três dias visita o irmão e a família, antes de embarcar para Auvers, uma cidadezinha simpática. O Dr. Gachet examina-o e comunica a Theo que a situação é grave. Resolver dar liberdade a Van Gogh para trabalhar, compra tintas, telas, instala o pintor. São deste período <i>Os Ciprestes</i> (prancha XIV), <i>o Trigal com Corvos</i> (prancha XV), <i>o Retrato do Dr. Gachet</i> (prancha XVI), todos violentos, conturbados. Segundo os críticos, seus melhores quadros são desta época, quando produziu mais de 200 desenhos, mais de 40 quadros. A amizade do Dr. Gachet anima Van Gogh: agora ele está feliz, agora ele confia no médico. E em si. Escreve-o em cartas a Theo. Mas, no dia seguinte, tem uma das suas piores crises. A mania de perseguição faz com que acuse o Dr. Gachet de tentar matá-lo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-CEf-CF1WXRI/YX9wx4_2b2I/AAAAAAAAAkw/5xD3sNp8ejcL1rkmSrqs_04HCisuwytgQCPcBGAYYCw/s1600/1635741892360391-1.png" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="988" data-original-width="1600" height="198" src="https://1.bp.blogspot.com/-CEf-CF1WXRI/YX9wx4_2b2I/AAAAAAAAAkw/5xD3sNp8ejcL1rkmSrqs_04HCisuwytgQCPcBGAYYCw/s320/1635741892360391-1.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Trigal com Corvos (julho de 1890); coleção de V. W. van Gogh, Laren, Holanda.</span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;">Passada a crise pior, convence o médico de que precisa sair, "respirar ar puro". Em julho vai a Paris e procura os amigos Toulousse-Lautrec, Bernard, mas não procura o irmão, a quem acusa agora também de "mantê-lo afastado". Volta a Auvers mais cedo do que anunciara e não encontra o Dr. Gachet. Sente-se só e abandonado. Seus últimos quadro são um retrato exuberante do rompimento com a realidade objetiva, que ele deforma, criando uma nova realidade, toda sua, arbitrária, exaltada. Os trigais são turbulentos e inquietos, os ciprestes estão trêmulos, angustiados, cheio de tensão, as oliveiras tornam-se exaltadas e torcidas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 27 de julho de 1890 sai para o campo de trigo com um revólver na mão. É domingo, o grão está dourado, o céu está incrivelmente azul. Corvos muito pretos gritam e fogem em revoada. Dias antes ele pintara esse quadro (prancha XV). No meio do campo dá um tiro no peito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-rZuXhnbqu28/YX9ww9oi-yI/AAAAAAAAAks/Ba2M6mrFxTAnpkOi0XESbkqRzh7M__pwwCPcBGAYYCw/s1600/1635741888092823-2.png" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1226" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-rZuXhnbqu28/YX9ww9oi-yI/AAAAAAAAAks/Ba2M6mrFxTAnpkOi0XESbkqRzh7M__pwwCPcBGAYYCw/s320/1635741888092823-2.png" width="245" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Retrato do Dr. Gachet (julho de 1890); acervo do Museu do <br />Louvre, Paris, França.</span></td></tr></tbody></table>Socorrido pelo filho do Dr. Gachet, está lúcido e tranquilo. Passa a noite fumando cachimbo e esperando o irmão. No dia 29, ainda lúcido e tranquilo, morre segurando a mão de Theo, com o Dr. Gachet a seu lado. Cinco minutos depois de dizer ao irmão: "A miséria não tem fim".</div><div style="text-align: justify;">Os jornais da época só abriram uma coluna, na seção policial, para noticiar uma tentativa de suicídio. Não chegaram a registrar a morte de um dos três precursores da arte moderna. Assim como Cézanne trouxe uma nova conceituação para o espaço e Gauguin introduziu um novo conceito de composição que abrangia forma e cor num todo simples e abstrato, Van Gogh contribuiu para a arte moderna com a vitória da cor sobre o desenho, libertando a cor.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje o seu Café Noturno está na coleção Clark, em Nova York; Café Noturno: Exterior, no Real Museu Kröller-Müller; a Noite Estrelada, no Museu de Arte Moderna de Nova York; O Carteiro Roulin, no Museu de Boston; o Retrato do Doutor Gachet e A Igreja de Auvers estão no Louvre; o Trigal com Corvos faz parte da coleção Van Gogh em Laren. O Museu de Arte de São Paulo tem A Natureza Morta com Flores, O Escolar, Passeio ao Crepúsculo, A Arlesiana e O Banco de Pedra. Mas no dia da sua morte, no sótão da Galeria Goupil, em Paris, 700 quadros de Van Gogh amontoavam-se sem comprador.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>SUA ÉPOCA</b></div><div style="text-align: justify;">Quando Van Gogh nasceu, no ano de 1853, em Groot Zundert, nada acontecia na Holanda. O país era calmo, apenas algumas desavenças entre dois grupos religiosos - católicos e protestantes - perturbavam um pouco - e já tradicionalmente - a paz da nação. Quando, 19 anos depois, viajou para Bruxelas, nada acontece na Bélgica. O país era pacato; apenas algumas desavenças surgiam entre flamengos, que não falavam francês, e valões, que só falavam francês. E isso parecia a ambos os grupos muito mais importante do que o começo da exploração do Congo, da mesma época.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas nesses 19 anos aconteceram muitas coisas: estourou a Guerra de Secessão nos Estados Unidos, iniciou-se a Guerra do Paraguai na América Latina, Pasteur derrubou a teoria da geração espontânea, Marx desenvolveu suas atividades filosóficas. Mas tudo isso em nada interessou nem afetou ao jovem Van Gogh. Só na Inglaterra, já com 21 anos - em 1874 -, encontrou um turbilhão político. Disraeli torna-se então primeiro-ministro britânico e tudo o que ocorria no mundo se refletia no centro político e econômico internacional - Londres: o Concílio Vaticano I, inaugurado em 1869; o fim da Guerra do Paraguai, em 1870; a vitória alemã contra os franceses, no mesmo ano; até mesmo a revolta de Juárez, no México.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1875 Van Gogh chega a Paris. Gounod, Offenbach, Saint-Saëns ali compunham; Rodin ali esculpia; Maupassant, Proudhon, Zola dominavam as letras; Manet, Monet, Gauguin pintavam, tentando impor o novo estilo, chamado Impressionismo e desprezado pelos críticos de arte. Em Paris Van Gogh é seduzido pela cintilação noturna das grande avenidas já iluminadas a gás. Frequenta exposições, museus, espetáculos de música. São os aplausos do público que determinam o sucesso de compositores como o russo Rimski-Korsakov, o alemão Brahms, o francês Bizet. Mas Van Gogh continua a levar uma vida solitária, voltada para a religião, trancando-se em seu quarto para ler a Bíblia com um amigo inglês.</div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A vida palpita então na Europa inteira, enriquecida cada vez mais pelas conquistas coloniais. A inglaterra ocupa a África do Sul e o Egito; a Itália, a Eritréia; a Bélgica, o Congo; a França, a Indochina e Madagáscar; a Alemanha, territórios africanos e ilhas da Oceania. E a Rússia investe contra as fronteiras asiáticas da China.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A vida palpita. Bell inventa o telefone, Otto constrói o primeiro motor a explosão, Edison inventa o microfone e o fonógrafo. A primeira lâmpada incandescente - também de Edison - ilumina as ruas de Nova York. O primeiro vagão-frigorífico aparece nas ferrovias americanas. Depois consegue transportar-se a energia elétrica a distância. Descobre-se o bacilo do tifo. Koch investe contra a tuberculose. Pasteur descobre a vacina anti-rábica. Maxim inventa a metralhadora, institui-se em Berna o Bereau Internacional da Paz.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas a vida de Van Gogh palpita igualmente, cada vez mais afastada da realidade do mundo. Mal sabe que a riqueza da Europa explode numa Exposição Internacional de Paris, em 1889; mal sabe quem é o engenheiro Eiffel, cuja obra - uma enorme torre de ferro - simbolizaria, a partir de então, aquela época de inconsciente regizijo; jamais ouve falar em Marey e sua cronofotografia, que abriria caminho ao cinema. Morre em 1890, um ano pacato, enquanto não acontece quase nada no mundo, e a eufórica Europa do fin-de-siècle prepara-se para festejar o século XX que se aproxima.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">************************************************************************</div><div style="text-align: left;"><div><b>SUA VIDA</b></div><div><b>1853</b> - 30 de março: nasce, numa pequena aldeia holandesa, Vincent Willem van Gogh, filho de pastor protestante.</div><div><b>1857</b> - 1º de maio: nasce o irmão de Vincent, Theo.</div><div><b>1865</b> - Van Gogh estuda num internato provinciano.</div><div><b>1869</b> - julho: primeiro emprego, na Galeria Goupil, em Haia; depois, em sua filial de Bruxelas.</div><div><b>1873</b> - maio: transferência para a filial londrina da Goupil.</div><div><b>1875</b> - maio: transferência para a central parisiense da Galeria Goupil.</div><div><b>1876</b> - abril: Van Gogh deixa o emprego; viaja à Inglaterra: aceita o cargo de professor em escolas primárias de pequenas cidades.</div><div> - dezembro: volta à casa dos pais.</div><div><b>1877</b> - janeiro: livreiro em Dordrecht.</div><div> - maio: ida a Amsterdam, preparação para ingresso ao Seminário Teológico da Universidade.</div><div><b>1878</b> - julho: abandona os estudos; volta à casa paterna.</div><div> - novembro: livre pregador na região mineira de Borinage.</div><div><b>1879</b> - julho: demitido de suas funções, Van Gogh inicia o período de vagabundagem pelas estradas de Borinage; primeiros desenhos.</div><div><b>1880</b> - outubro: ida a Bruxelas; aulas de perspectiva e anatomia</div><div><b>1881</b> - abril: volta à casa dos pais; conflitos familiares acerca de seu futuro.</div><div> - dezembro: ida a Haia, onde é acolhido pelo pintor Mauve; aquarelas, litografias, desenhos - temas: marinheiros, pescadores, camponeses.</div><div><b>1882</b> - julho: primeiro quadro a óleo.</div><div><b>1883</b> - setembro: mudança para Drenthe.</div><div> - dezembro: volta à casa dos pais; instalação do atelier.</div><div><b>1884</b> - agosto: amores com uma vizinha; os pais da moça opõem-se ao casamento.</div><div><b>1885</b> - março: morte do pai.</div><div> - abril: pinta Os Comedores de Batata.</div><div> - novembro: viaja a Antuérpia</div><div><b>1886</b> - janeiro: inicia os estudos na Academia de Antuérpia.</div><div> - fevereiro: viaja a Paris, onde é acolhido por Theo; abandono dos temas anteriores; período de pintura clara.</div><div><b>1887</b> - encontros com Pissarro, Degas, Gauguin, Seurat.</div><div> - frequenta o cabaré Tambourin e a loja de Tanguy.</div><div> - em dois anos pinta 200 quadros.</div><div><b>1888</b> - fevereiro: partida para Arles; período criativamente fecundo: mais de 100 quadros.</div><div> - dezembro: corta a orelha - é hospitalizado.</div><div><b>1889</b> - março: internamento em casa de saúde.</div><div> - maio: internamento em hospício, onde pinta quase 200 quadros.</div><div><b>1890</b> - atividade febril do pintor; produz 150 quadros.</div><div> - maio: tratamento em Auvers, com o Dr. Gachet.</div><div> - 27 de julho: suicídio.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;">******************************************************************************</div><div style="text-align: left;">Referência bibliográfica: Gênios da Pintura: Impressionistas e pós-impressionistas, Abril Cultural, 1980</div></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-87329112696983314992013-05-07T00:37:00.001-03:002021-10-30T16:13:43.236-03:00Biografia de Rafael Sanzio<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-1gK91kTW96M/UYcJwlDYxaI/AAAAAAAAARw/QCIohyOaCWM/s1600/Raphael_adolescente.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-1gK91kTW96M/UYcJwlDYxaI/AAAAAAAAARw/QCIohyOaCWM/s320/Raphael_adolescente.jpg" width="209" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif" style="font-size: x-small;">Retrato de Menino. Ashmolean Museum,<br />Oxford. Esta tela é um presumível auto-retrato</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>A</b>o fim do século XV, a Itália ainda estava longe
de recuperar a unificação política perdida com o esfacelamento do Império
Romano. O feudalismo que retalhava o país ainda iria perdurar, à espera do
herói que séculos mais tarde viria edificar a identidade nacional.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Entretanto, distante dos campos de batalha, outras reformas
e revoluções se processavam ou amadureciam em silêncio. A rivalidade militar e
política gerava, como reflexo, poderosa emulação nas artes. Paralelamente, a
invenção da imprensa abria caminho para a divulgação das obras clássicas da
cultura grega, preâmbulo do mais notável movimento artístico e literário da
cultura ocidental: o Renascimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Na pintura, o clima favorável à renovação de conceitos
produziria três gênios que constituem o tríplice expoente da pintura
renascentista. Leonardo da Vinci acabaria com as limitações ortodoxas, ao
introduzir o conceito de <i>chiaroscuro</i>
no espaço pictórico. Michelangelo reviveria a concepção helênica da luta do
homem contra o universo. O caráter épico da lenda de Prometeu – expressão
mitológica da concepção grega – estaria vigoroso e vivo nas figuras brotadas do
pincel e do cinzel de Michelangelo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Em contraste com a vida e o temperamento tumultuados
de seus eméritos contemporâneos, um terceiro pintor a arquiteto viria promover
uma doce revolução, compatível com seu temperamento sereno: <b>Rafael Sanzio </b>(grifo nosso). A inovação
característica de sua arte consistiu fundamentalmente na introdução de uma
tendência para a beleza ideal, inspirada nos conceitos artísticos da
Antiguidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>E</b>m 1483, quando nasceu Rafael, o Ducado de Urbino vivia uma
época de paz e de prosperidade. O Duque Federico de Montefeltro havia logrado
elevar o feudo a uma condição de respeitável potência militar. Assegurada a
estabilidade política, o espírito regional então prevalescente levara o duque a
incentivar o desenvolvimento das artes em Urbino. O palácio ducal projetado por
Luciano Laurano exibia majestosas obras de pintura e de escultura, assinadas
pelos mais famosos artistas da época: Piero della Francesca, Melorzo da Forli e
Signorelli, além do flamengo Justus da Ghent.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Além dessa atmosfera receptiva e estimulante, Rafael
disporia na infância de mais um fator contribuinte para sua iniciação. O pai,
Giovanni de Santi, fazia da pintura seu meio de vida. Embora a dedicação do
velho De Santi em relação à arte fosse um caso de amor não correspondido, sua
mediocridade nunca o desanimou. Ao contrário, generosamente hospedou em sua
casa o famoso Piero della Francesca, quando este foi contratado pelo duque para
a decoração do palácio. Segundo as crônicas, o pai do Rafael nunca demonstrou
qualquer hostilidade para os pintores contratados em outras cidades. Embora
preterido, De Santi parecia reconhecer modestamente os méritos superiores de seus
colegas.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/--em87shrH24/UYcOgIoAIAI/AAAAAAAAASA/50ffsw3Pv1k/s1600/venus+e+psique.png" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/--em87shrH24/UYcOgIoAIAI/AAAAAAAAASA/50ffsw3Pv1k/s320/venus+e+psique.png" width="237" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif" style="font-size: x-small;"><i>Vênus e Psiquê</i>. Museu do Louvre, Paris.<br />Um momento de simplicidade de Rafael<i>.</i></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Apesar da categoria secundária de sua arte, assim mesmo
Giovanni de Santi não chegava a ser um pintor completamente desprezível. Alguns
dos trabalhos a ele atribuídos chegam a pôr em dúvida os críticos de hoje: não
se trataria de algum quadro produzido por Rafael Sanzio durante a juventude?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A vida de Rafael, durante a infância, está mal documentada.
Sabe-se apenas que acompanhou o pai numa visita feita ao famoso Perugino, que
desfrutava então o apogeu de sua fama. Amigo de Perugino como de outros
pintores e artistas famosos, Giovanni de Santi supostamente introduziu Rafael
no ofício a arte da pintura. Pode-se imaginar que Rafael haja servido o pai
como assistente e que a revelação do talento do garoto tenha enchido de
esperança o coração do velho. O contato com Perugino terá sido um provável
prosseguimento à formação precoce de Rafael.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Efetivamente, os primeiros trabalhos de Rafael irão
apresentar forte influência do estilo de Perugino: composição equilibrada, sem
nenhum congestionamento de detalhes, fervor religioso e um toque de
convencionalismo em sua tendência para a idealização lírica.<o:p></o:p></span></div>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Mas o ambiente familiar tão favorável seria perdido
prematuramente: a mãe de Rafael morreu quando ele tinha dez anos. O pai, que
tornara a casar meses depois, viria a falecer no ano seguinte. Rafael, então
com onze anos, viu-se confiado à tutela de um tio materno e outros parentes,
embora vivesse na mesma casa. Mas o pai ainda lhe valeria, mesmo depois de
morto. Evangelista di Pian di Meleto, que havia sido discípulo de Giovanni de
Santi, proporciona a Rafael a orientação e o estímulo momentaneamente perdidos
com a morte do pai. E Perugino, com igual solicitude, dispõe-se a ensinar ao
adolescente muito mais do que ele poderia ter aprendido com o pai ou com Pian di
Meleto.<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-9YDixcpo8ZI/UYhycCC01SI/AAAAAAAAAS8/QyLqCAFDiwU/s1600/Fotografia+(2).jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="247" src="http://4.bp.blogspot.com/-9YDixcpo8ZI/UYhycCC01SI/AAAAAAAAAS8/QyLqCAFDiwU/s320/Fotografia+(2).jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Desenho para <i>A Deposição</i>, primeira tentativa rafaelesca<br />de um quadro histórico.</span></td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A partir de dezoito anos, Rafael já é um pintor
independente, que recebe encomendas diretas e lentamente vai propagando sua
fama por cidades vizinhas. O marco de sua emancipação artística terá sido
certamente a “pala” dedicada ao Beato Nicola de Tolentino, comissionada pela
igreja de Santo Agostinho, em Castello. Desta obra perdida existem apenas os
desenhos preparatórios e esboços, além de um fragmento. Mas documentos da época
indicam que Rafael a teria concluído em 1501.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>C</b>omeça então prolífera produção. O ritmo acelerado do
trabalho, bem como a disposição de aceitar encargos e responsabilidades, logo
viriam a construir uma característica do gênio e da personalidade de Rafael.
Até 1504, desfruta a fama provinciana que se propaga através de numerosos
trabalhos. Então, ainda com 21 anos, Rafael parece subitamente saciado daquilo
que lhe poderia ensinar a região de Urbino. Significativamente, é nesse ano de
1504 que concluiu o seu primeiro quadro datado e assinado (<i>As Núpcias da
Virgem</i>). Na interpretação de alguns historiadores a decisão de datar e assinar
um quadro aos 21 anos poderia indicar que só então Rafael passava a reconhecer
sua qualidade de pintor de categoria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Outros indícios concorrem para sublinhar tal senso crítico.
Em 1504, o mundo artístico de Urbino fervilhava com os comentários sobre os
trabalhos maravilhosos de Leonardo e Michelangelo, em Florença. Rafael decidiu
que horizontes mais amplos que o de sua província deveriam ser buscados na
cidade em que pontificavam os maiores nomes da pintura italiana de todos os
tempos. Compreendeu também que jamais deixaria a semi-obscuridade em que se
achava se se deixasse anestesiar pelo sucesso tranqüilo que já desfrutava na
corte de Urbino. Animado por sua ambição, abandona a posição já conquistada e
parte para Florença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">O período de 1504 a 1508, vivido por Rafael em Florença, foi
decisivo para sua formação e para amadurecimento de sua arte. Na capital
artística da Itália renascentista assimilou tudo o que as correntes
contemporâneas lhe podiam oferecer, em técnica, conceitos de expressão e
influência cultural da antiguidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Durante esses quatro anos, trabalha com fervor
característico. Produz quadros e quadros, especialmente madonas. Por algum
obscuro fator sociológico, o apelo místico de Maria exerce até hoje
incomparável fascínio sobre os italianos. Dificilmente se encontraria, na mesma
época de Rafael, uma casa que não dispusesse de pelo menos uma imagem da mãe de
Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Para Rafael, com esse tema de apelo popular será o
predileto. Apesar disso, não é com ele que consegue o seu melhor desempenho:
faltam as suas madonas tanto a fidelidade de retratação da natureza humana
quanto a sinceridade religiosa como expressão mística. As madonas de Rafael
deixam transparecer a infiltração de um elemento profano. Não são retratos de
santas, porque a sensualidade eclipsa a emoção mística que deveriam apresentar.
E tão pouco chegam a ser figuras humanas, porque, embora adoráveis, sua beleza
é invadida por a abstração idealista. Numa frase, são humanas demais para serem
místicas e idealizadas demais para serem humanas.<o:p></o:p></span></div>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">O talento de Rafael como caracterizador irá aparecer
nos retratos de personalidades que pintará poucos anos depois.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>N</b>uma carta escrita a seu tio e tutor, em 1508, Rafael Sanzio
fala de suas esperanças de trabalhar na França, de onde lhe acenam com algumas
encomendas. Mas outra perspectiva igualmente sedutora e viável é a de
transferir-se para Roma, onde poderia dispor de boas relações. Logo depois, no
mesmo ano, segue para lá encorajado pelas informações a respeito de amplas
oportunidades abertas para os artistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A primeira dessas grandes oportunidades surge logo depois de
Rafael haver chegado a Roma. O Papa Júlio II decidira mudar-se da mansão dos
Bórgias, habitada por seu odiado antecessor Alexandre VI, pai de César e
Lucrécia Bórgia. O fausto da corte papal, bem como os costumes do próprio Júlio
II (denunciados por Erasmo em seu <i>Elogio
da Loucura</i>), tornavam Roma uma cidade famosa por seu mundanismo, e, ao
mesmo tempo, um polo do mundo artístico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Para a decoração de sua nova residência, Júlio II havia
contratado Sodoma, Bramantino, Lotto e Peruzzi. Por influência de seu
conterrâneo Bramante, arquiteto da Basílica de São Pedro, e com recomendações
da corte ducal de Urbino, Rafael conseguiu incluir-se na equipe de artistas
recrutados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A oportunidade foi bem aproveitada. Em pouco tempo, Júlio II
se convence do talento superior do jovem e, por decreto papal, nomeia-o
responsável pela direção dos trabalhos. Com 26 anos, já é uma personalidade
invejada e admirada. Não obstante as intrigas de detratores, aceita
resolutamente o desafio de pintar em grandes áreas, num clima artístico
inteiramente diverso daquele em que havia formado.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-hu_6r7YoTVs/UYcP4CkUJCI/AAAAAAAAASM/n3U2m6jmgVQ/s1600/escola-de-atenas.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif"><img border="0" height="248" src="http://1.bp.blogspot.com/-hu_6r7YoTVs/UYcP4CkUJCI/AAAAAAAAASM/n3U2m6jmgVQ/s320/escola-de-atenas.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif" style="font-size: x-small;"><i>A Escola de Atenas</i> (770 x 550 cm). Palácio do Vaticano, Roma</span></td></tr>
</tbody></table>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">O grande afresco <i>A
Escola de Atenas</i> (prancha X), terminado em 1511, estabelece outro marco na
carreira fulminante de Rafael. Essa obra, para decoração da Stanza dela
Segnatura, no Vaticano, é fusão singular de uma idealização soberba com sua
realização visual. Como nas madonas, as figuras representam um meio-termo entre
o abstrato e o real. A disposição e a atitude das figuras são quase teatrais,
numa ostentação de majestade que visa provocar profunda impressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A característica tendência à idealização é reconhecida por
Rafael numa carta endereçada a Baldassare Castiglione, “árbitro da elegância”
na corte de Urbino: “Devo dizer-lhe que, para pintar o retrato de uma bela
mulher, eu teria de realmente ver muitas mulheres belas e teria de impor como
condição que Vossa Senhoria me ajudasse a selecionar a melhor. Mas, como são
raros os bons juízes e as belas mulheres, tenho que me arranjar com as ideias
que me cruzam a mente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Embora as majestosas figuras de <i>A Escola de Atenas</i> pareçam efetivamente “ansiosas por ensinar ou
aprender”, a função verdadeira de cada uma delas é incorporar a beleza física
de suas atitudes, sublimadas pelo ideal que as anima. Mais que um testemunho da
cultura antiga, portanto, é pura criação de beleza idealizada.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-k_mVSfAJRSs/UYcRR-iw5UI/AAAAAAAAASc/4IgyfALKgAs/s1600/Retrato+de+cardeal.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-k_mVSfAJRSs/UYcRR-iw5UI/AAAAAAAAASc/4IgyfALKgAs/s320/Retrato+de+cardeal.jpg" width="255" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif" style="font-size: x-small;"><i>Retrato de Cardeal</i> (79 x 62 cm).<br />Museu do Prado, Madri.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><o:p></o:p></span><br />
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">O prestígio artístico de Rafael na corte papal haveria
de criar-lhe oportunidade de pintar um famoso <i>Retrato de Cardeal</i> (prancha XV), obra exponencial que irá definir
seu gênio de retratista. Os historiadores viram frustrados todos os esforços
para identificar o cardeal que serviu de modelo, mas isso não afeta os méritos
da obra, pois a figura é um arquétipo. Nesse retrato, reedita-se a fusão de
expressão caracterológica com a idealização típica: é a qualidade aristocrática
da pintura que lhe confere dignidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">O soberbo padrão técnico pode ser apreciado com exame de um
único aspecto: sem nenhuma fratura de ritmo, o escarlate intenso e rico parece
ter vida em cada um dos planos que, embora distintos, não chegam a afetar a
continuidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">No ano seguinte, 1512, o estilo de Rafael apresenta algo
novo. Talvez por influência da escola veneziana (uma possibilidade derivada de
sua admiração por Sebastiano del Piombo), os tons pálidos e apastelados de <i>A Escola de Atenas</i> cedem lugar a cores
mais vivas, de fundo e de figuras. O afresco <i>A Missa de Bolsena</i> (prancha IX) marca esse declarado contraste.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-DBNQ8DR9ZDs/UYcSqX6ku3I/AAAAAAAAASs/xPE4UhpfPHQ/s1600/rafael-a-missa-de-bolsena.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif"><img border="0" height="209" src="http://1.bp.blogspot.com/-DBNQ8DR9ZDs/UYcSqX6ku3I/AAAAAAAAASs/xPE4UhpfPHQ/s320/rafael-a-missa-de-bolsena.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span face="Trebuchet MS, sans-serif" style="font-size: x-small;"><i>A Missa de Bolsena</i> (450 x 660). Palácio do Vaticano, Roma</span></td></tr>
</tbody></table>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><o:p></o:p></span><br />
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A decoração do palácio papal, a par de prestígio, fama
e dinheiro, trouxe para Rafael a contrapartida da inveja e das intrigas. Alguns
dos opositores viam na preferência pelo seu estilo uma opção excludente e
injusta para com Michelangelo. As duas facções de admiradores sustentaram essa
estéril polêmica durante toda a vida de Rafael, e mesmo depois. Talvez se possa
ver alguma influência dos trabalhos de Michelangelo sobre a obra do jovem
sucessor, mas a verdade é que o espírito épico teria sido muito forte para o
temperamento de Rafael. Embora alguns críticos vejam no <i>Incêndio da Aldeia</i> uma suposta influência da decoração de
Michelangelo na Capela Sistina, a verdade é que os dois pintores trilharam
caminhos diferentes, conforme as exigências da personalidade de cada um.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>A</b> morte de Júlio II, 1513, privou Rafael de uma importante
proteção, mas o sucessor do papa parecia ainda mais generoso em sua admiração
pelo jovem pintor. Assim, quando a morte de Bramante criou o problema de se dar
continuidade às obras da Basílica de São Pedro, 1514, o Papa Leão X nomeou
Rafael para o posto de arquiteto-chefe. A designação era consagradora e, ao
mesmo tempo, mais um desafio que ele confiantemente aceitava. Em carta
endereçada ao tio diz: “Sinto-me compelido a ficar em Roma, por causa da obra de
construção da Basílica de São Pedro, em que sucedi Bramante. Que cidade no
mundo é maior que Roma, e que edifício é maior que a Basílica de São Pedro? É o
templo capital do mundo, a maior construção que já se viu. Custará mais de 1
milhão em ouro. E – deixe-me dizer-lhe – o papa gastará 60 000 ducados nela
este ano; ele não pode pensar noutra coisa”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Mas para Rafael ainda não bastava estar empenhado num
trabalho que ocupava as preocupações centrais do papa. Seu entusiasmo sobre a
época, a vida e a juventude o levava a aceitar numerosos trabalhos ao mesmo
tempo, numa dispersão otimista. A um tempo dirigia as obras da basílica,
decorava as câmaras do Vaticano, pintava quadro como <i>O Elefante</i> (presenteado a Leão X pelo rei de Portugal) e ainda
conseguia achar tempo para pintar os cartões das tapeçarias da Capela Sistina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Leão X não o deixava em paz. Encomendou-lhe a ilustração de
um livro bíblico e nomeou “Superintendente das Ruas de Roma”, um cargo que o
fazia responsável pelo aspecto urbano da cidade. Na busca dos materiais
requeridos pela construção da basílica, o papa decidiu aproveitar fragmentos de
mármores obtidos em escavações arqueológicas. E, para assegurar-se de que
nenhum tesouro artístico se extraviaria nem seria mutilado, decretou que todo
pedaço de mármore achado em escavações só poderia ser cortado e trabalhado com
a presença de Rafael.<o:p></o:p></span></div>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Com tantos encargos oficiais, o artista ainda pinta,
proliferamente. Produz os afrescos para a decoração da sala de banho do Cardeal
bibbiera, constrói a capela na Igreja Santa Maria del Popolo, executa os
adornos murais dessa capela e também os de Santa Maria della Pace, cria modelos
para esculturas a serem feitas por Lorenzetti e Alvise, desdobra-se no
atendimento de custosas encomendas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>E</b>m 1518, chefe de uma equipe de escultores, pintores e
arquitetos, Rafael é contratado pelo riquíssimo banqueiro Chigui para decorar
sua residência de verão, Farnesina. Nessa obra famosa, entretanto, a maior
parte do trabalho provavelmente coube aos seus assistentes. Com certeza, sabe-se
que ele terá pintado sem ajuda apenas do afresco <i>Galatéia.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">A par de sua importância artística, a decoração do Palácio
de Farnesina representava para Rafael a consagração também na elite social (os
temas não eram religiosos). Mas não a consagração unânime do mundo artístico,
pois a inauguração da obra reascendeu as polêmicas, num clima de escândalo. Os
seguidores de Michelangelo não escondiam sua reação depreciativa, como o
comprova a carta escrita por Leonardo Sellaio a seu mestre: “O teto de
Agostinho Chigi foi descerrado hoje; a decoração é uma vergonha para um grande
mestre”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">O célebre Sebastiano del Piombotambém escreve a Michelangelo
uma carta semelhante, a propósito de dois quadros de Rafael: “Lamento que você
não estivesse em Roma para ver dois quadros que foram embarcados para a França.
Você não poderia imaginar, devo dizer, nada contrário ao seu gosto”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Leve-se em conta, porém, que nos propósitos dessas cartas
deverá pesar uma generosa tentativa de consolação para Michelangelo, que
retornara a Florença por não encontrar encomendas em Roma, depois de ter
concluído a decoração da Capela Sistina. O sucesso de Rafael deveria constituir
amarga notícia , que o círculo de amigos tentava amenizar a depreciação do
talentoso jovem que chegara a Roma para desalojar Michelangelo do foco de interesse
local.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><b>E</b>m 1520, uma estranha doença, contraída durante as
escavações arqueológicas que empreendia em Roma, abateu inapelavelmente o
organismo frágil de Rafael. Em 6 de abril de 1520, com 37 anos, o artista
expira. Como no dia de seu nascimento, é Sexta-feira Santa, uma coincidência
que acentua o pesar reinante. Sepultado no Panteon de Roma, recebeu como
epitáfio as palavras comovidas de seu amigo Pietro Bembo: “Aqui jaz Rafael;
quando vivia, a natureza temia ser por ele vencida; agora está morto, ela
própria teme morrer”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Trebuchet MS, sans-serif"><br /></span></div>
<blockquote>
<span face="Trebuchet MS, sans-serif">Sua Vida<br /><b>1483</b> - ano de nascimento, a 6 de abril, em Urbino.<br /><b>1493</b> - falecimento da mãe.<br /><b>1494</b> - falecimento do pai.<br /><b>1501</b> - completa seu primeiro quadro, junto com Pian di Meleto: a "pala" do Beato Nicola de Tolentino.<br /><b>1504</b> - completa seu primeiro quadro datado e assinado. <i>As Núpcias da Virgem</i>; essa obra marca o fim fa formação provinciana de Rafael Sanzio que, no mesmo ano, parte para Florença.<br /><b>1508</b> - ano provável de sua mudança para Roma.<br /><b>1509</b> - nomeado o pintor do palácio pontifício, por Júlio II.<br /><b>1513</b> - morre Júlio II, sucedido por Leão X, que dá a Rafael proteção ainda mais generosa.<br /><b>1514</b> - sucede a Bramante, como arquiteto encarregado da construção da Basílica de São Pedro.<br /><b>1515</b> - nomeado "Superintendente das Ruas de Roma", fica responsável pelo patrimônio histórico da cidade.<br /><b>1518</b> - conclui a decoração da Farnesina, para o banqueiro Chigi, obra inaugurada sob controvérsia crítica.<br /><b>1520</b> - acometido por "febre contínua e aguda", de causas obscuras, expira em 6 de abril.</span></blockquote>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #6d6d6d; font-family: verdana; font-size: 11px; font-weight: bold; line-height: 15px; text-align: justify;">Referência Bibliográfica: Genios da Pintura: Góticos e Renascentistas, Abril Cultural, 1980</span> </div>
<br />
LISTA DE PINTURAS<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Rafael">http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Rafael</a> </div>
ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-38258753674956224662013-04-23T08:31:00.004-03:002021-11-08T16:36:23.318-03:00Seleção de Projetos Culturais - Artes Visuais<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-dHbJvTWMvQk/UXZwPNB6c5I/AAAAAAAAARg/hB00IxHEm00/s1600/sesi.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-dHbJvTWMvQk/UXZwPNB6c5I/AAAAAAAAARg/hB00IxHEm00/s400/sesi.jpg" width="282" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
http://www.sesisp.org.br/cultura/editais.html</div>
ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-9314667681093717142013-04-21T19:45:00.004-03:002021-10-30T16:14:10.009-03:00História da Arte<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxVhH-1QZFFKOQGGlM5PDej5v8klomdRxCvV9S9RScaK_OuQFBOuO6iizHFzYqklKG2tbF6XaoVYoe_a2dxTA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-19972994466375224202013-04-18T23:11:00.005-03:002021-10-30T16:14:33.374-03:00Moça no Maia<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-zwuk5l6-6rI/UXCmOrZ1wAI/AAAAAAAAARM/FqFFSsq388U/s1600/DSCF1271.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-zwuk5l6-6rI/UXCmOrZ1wAI/AAAAAAAAARM/FqFFSsq388U/s320/DSCF1271.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small; text-align: left;">(Obra de Aminhart - Moça no Maia, 2010 - óleo s/tela 50x70cm)</span></td></tr>
</tbody></table>
Bosque Maia em Guarulhos visto por uma perspectiva geométrica e abstrata.ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-82574492506955569342012-04-17T21:17:00.006-03:002021-10-30T16:14:49.177-03:00Exposição: Guarulhos 450 anos de História<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-N-6YnjLzckY/T44Ftyd7HwI/AAAAAAAAAPw/uW3kTwRQi3g/s1600/editado.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-N-6YnjLzckY/T44Ftyd7HwI/AAAAAAAAAPw/uW3kTwRQi3g/s320/editado.jpg" width="282" /></a><span style="background-color: white; color: #666666; font-family: arial; font-size: 14px; text-align: justify;">A exposição contou com cerca de 50 obras de 22 artistas, que apresentaram trabalhos nos segmentos acadêmico, moderno e contemporâneo. A exposição teve como temática a cidade, suas histórias, paisagens e personagens, buscando reunir, valorizar e divulgar a produção artística, bem como promover o intercâmbio entre diferentes manifestações. No local, o público encontrou pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, fotografias, instalações, entre outras expressões artísticas.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #666666; font-size: xx-small; line-height: 21px; text-align: justify;"><i>(Obra de Aminhart - Cartão postal-Calçadão Dom Pedro - óleo s/tela 150x200cm)</i></span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-69752583228934619892010-07-05T16:01:00.001-03:002021-10-30T16:15:00.071-03:00Mulheres Contemporâneas<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<p><a href="http://lh6.ggpht.com/_pXaZwvKklQA/TDIr8-C4moI/AAAAAAAAAMM/Z2180sGlLm0/s1600-h/IMG_38947.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="IMG_3894" border="0" alt="IMG_3894" src="http://lh5.ggpht.com/_pXaZwvKklQA/TDIr93N3qBI/AAAAAAAAAMQ/UT0vTeR6kHk/IMG_3894_thumb5.jpg?imgmax=800" width="167" height="219"></a> <a href="http://lh4.ggpht.com/_pXaZwvKklQA/TDIsA_8S7wI/AAAAAAAAAMU/u6C6EafKVkg/s1600-h/IMG_389320.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="IMG_3893" border="0" alt="IMG_3893" src="http://lh4.ggpht.com/_pXaZwvKklQA/TDIsB7f6rWI/AAAAAAAAAMY/iyzA4kytWYg/IMG_3893_thumb18.jpg?imgmax=800" width="172" height="219"></a> <a href="http://lh4.ggpht.com/_pXaZwvKklQA/TDIsCXnwPRI/AAAAAAAAAMc/qDtsymu664U/s1600-h/IMG_38925.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="IMG_3892" border="0" alt="IMG_3892" src="http://lh4.ggpht.com/_pXaZwvKklQA/TDIsDgjrToI/AAAAAAAAAMg/-Fie3ciczW4/IMG_3892_thumb3.jpg?imgmax=800" width="169" height="219"></a></p> ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-54974637114595272072010-06-28T17:28:00.001-03:002021-10-30T16:15:20.174-03:00Exposição HERÓIS Mitos&Imagens<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">C<span class="Apple-style-span" style="font-family: "verdana";">ompareça a nossa exposição que será realizada a partir do dia 5 de Julho, na Biblioteca Monteiro Lobato - Centro - Guarulhos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: Verdana;">A VERNISSAGE SERÁ NO DIA 31 DE JULHO A PARTIR DAS 19h!!!!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_pXaZwvKklQA/TEDVKTmLTwI/AAAAAAAAAMs/edi2bA8AYx0/s1600/folheto_web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="http://3.bp.blogspot.com/_pXaZwvKklQA/TEDVKTmLTwI/AAAAAAAAAMs/edi2bA8AYx0/s400/folheto_web.jpg" width="400" /></a></div></div></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-10686874709662744882009-08-31T14:39:00.000-03:002021-10-30T16:15:38.823-03:00<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_pXaZwvKklQA/SpwLILVoFvI/AAAAAAAAALQ/qevLyzEJq5s/s1600-h/cartaz.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 226px; height: 320px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_pXaZwvKklQA/SpwLILVoFvI/AAAAAAAAALQ/qevLyzEJq5s/s320/cartaz.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376184290283886322" border="0" /></a>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">Procurando animação para suas festas?</span>
<span style="font-family:verdana;">A <span style="font-weight: bold;">Eventos Cócegas</span> tem como atrações: Show com Palhaços, Maquiagem Artística, Escultura em balão, Decoração para festa e muito mais!!!</span>
<span style="font-family:verdana;">Interessado em entretenimento para seus eventos, contrate a <span style="font-weight: bold;">Eventos Cócegas</span>.</span>
<span style="font-family:verdana;">Tels: 8207-7300 / 6769-3338 (Willio)</span>
<span style="font-family:verdana;">Email: williosb@gmail.com</span>
<span style="font-family:verdana;">doralice.odilla@gmail.com (Doralice)</span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-85572279413171728882009-08-20T20:48:00.000-03:002021-10-30T16:15:54.646-03:00<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_pXaZwvKklQA/So3hA5EW8UI/AAAAAAAAAKw/bkEtGyuY-zA/s1600-h/Gripe+Su%C3%ADna+Daniel+de+Souza.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 233px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_pXaZwvKklQA/So3hA5EW8UI/AAAAAAAAAKw/bkEtGyuY-zA/s320/Gripe+Su%C3%ADna+Daniel+de+Souza.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372197335958221122" /></a><b><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Charge de Daniel de Souza</span></b>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-63327148177254650222008-07-31T19:58:00.000-03:002021-10-30T16:16:13.350-03:00Xilogravura - Planta Liberdade LTDA<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a href="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SJJD-b8ocPI/AAAAAAAAAHo/I202FIz9kLs/s1600-h/Liberdade+LTDA+001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5229316857263583474" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SJJD-b8ocPI/AAAAAAAAAHo/I202FIz9kLs/s320/Liberdade+LTDA+001.jpg" border="0" /></a>
<div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>Título da Obra:</strong> Planta Liberdade LTDA.
<strong>Técnica: </strong>Xilogravura<strong>
Material: </strong>Canson<strong>
Dimensão:</strong> 42,0 X 59,4 cm
<strong>Ano de execução: </strong>2007 </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>Exposta no 7º Salão de Arte de Guarulhos no Centro Educacional Adamastor</strong>
<strong>Descrição da obra:</strong>
Esta obra foi feita com a intenção de mostrar como é a figura de um trabalhador dentro de uma empresa. As separações em setores que, de tanto se preocupar em organizar, acabam gerando um verdadeiro isolamento de uns aos outros.
O coordenador deste espaço de trabalho não se preocupa com o “eu” do funcionário, mas sim com o cumprimento ao menor custo de sua função. Torna-se mais uma peça no meio de trabalho, um número na produção.
A estrutura da obra se baseia em uma planta com diagramas que exprimem tanto uma separação física em departamentos, como uma setorização que sustenta o funcionamento da empresa.
Textos, números e símbolos são integrados esquematicamente. O uso dos números traz uma idéia quantitativa. Os textos têm como objetivo definir e rotular não só o espaço, mas as pessoas que trabalham nesse ambiente. Os símbolos sugerem os efeitos de condutas interpessoais: tanto o operário quanto o patrão tem seus rostos apagados; um por fazer parte de uma massa anônima, o outro por estar distante hierarquicamente. O logotipo da empresa, o símbolo de radioatividade, traz a questão da contaminação como uma consequente transformação pessoal devido à necessidade da empresa. Abdicando excessivamente de seu tempo de vida ilusoriamente para si mesmo.</span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-23283159766994751932008-07-31T19:33:00.000-03:002021-10-30T16:16:27.963-03:00Retrato de Suzanne Salvini<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a href="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SJI-MR18LsI/AAAAAAAAAHY/RppZxr7zmeY/s1600-h/S7302521.JPG"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5229310497999564482" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SJI-MR18LsI/AAAAAAAAAHY/RppZxr7zmeY/s320/S7302521.JPG" style="cursor: hand; float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" /></a><span style="font-family: verdana;"> Retrato de Suzanne Salvini</span>
<span style="font-family: verdana;"> </span>
<span style="font-family: verdana;">Materiais:</span>
<span style="font-family: verdana;">Extrato de Nogueira</span>
<span style="font-family: verdana;">Pena de Bambú</span>
<span style="font-family: verdana;">Pastel seco</span>
<span style="font-family: verdana;">Dimensão: 42x59,4cm</span>
<span style="font-family: verdana;">A elaboração deste trabalho foi fruto de estudos e aprimoramento sobre Desenho da Figura Humana. </span>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-11384397475122824642008-07-16T18:47:00.000-03:002021-10-30T16:16:47.489-03:00Caricaturas&SD<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a href="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5tUFwGApI/AAAAAAAAAG4/p6RLzXjMJv8/s1600-h/parreira+001.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223732809705063058" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5tUFwGApI/AAAAAAAAAG4/p6RLzXjMJv8/s200/parreira+001.jpg" style="cursor: pointer;" /></a><a href="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5tmqrEvGI/AAAAAAAAAHI/IEVqpbhczCg/s1600-h/George+001.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223733128853765218" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5tmqrEvGI/AAAAAAAAAHI/IEVqpbhczCg/s200/George+001.jpg" style="cursor: pointer;" /></a><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5t8X3r9dI/AAAAAAAAAHQ/D0WLC8-YKTc/s1600-h/Ana+Paula+Mang%C3%A1+002.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223733501763515858" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5t8X3r9dI/AAAAAAAAAHQ/D0WLC8-YKTc/s200/Ana+Paula+Mang%C3%A1+002.jpg" style="cursor: pointer;" /></a><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5tdu_WQeI/AAAAAAAAAHA/FT5XS2HFRwk/s1600-h/Daniel+001.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5223732975393718754" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SH5tdu_WQeI/AAAAAAAAAHA/FT5XS2HFRwk/s200/Daniel+001.jpg" style="cursor: pointer;" /></a>
<span style="font-family: verdana;">Estes são alguns dos trabalhos atuais sobre caricaturas e SD.</span>
<span style="font-family: verdana;">O primeiro é o técnico Parreira.</span>
<span style="font-family: verdana;">O Segundo é o meu irmão.</span>
<span style="font-family: verdana;">O Terceiro é o SD da minha colega, Ana Paula.</span>
<span style="font-family: verdana;">O Quarto é o meu companheiro de desenhos, Daniel.</span>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-9937107832095432362008-07-06T10:43:00.000-03:002021-10-30T16:17:06.607-03:00Jornada Cultural 2008 - Arte Contemporânea na Escola<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SHDRhWNg6hI/AAAAAAAAAGg/ZoA4wa7aBUo/s1600-h/cartaz+cinza+circulos.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SHDRhWNg6hI/AAAAAAAAAGg/ZoA4wa7aBUo/s400/cartaz+cinza+circulos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5219902338950556178" border="0" /></a>
<span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Jornada Cultural 2008 da UNIFIG.</span>
<span style="font-family:verdana;">Tema:</span>
<span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Arte Contemporânea na Escola </span>
<span style="font-family:verdana;">Data:</span>
<span style="font-family:verdana;">20, 21 e 22/08.</span>
<span style="font-family:verdana;">Nesta semana teremos:</span>
<span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Palestras</span>
<span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Oficinas</span>
<span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Apresentações de Projetos de TCCs
Local: Av. São Luiz, 315
Rua: Dr. Sólon Fernandes, 155
CEP 07072-080 - Vila Rosália
Guarulhos - SP
Tel: (11) 6455-0333
</span>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-12339577587188922502008-06-21T15:25:00.000-03:002021-10-30T16:17:24.556-03:00Mangá: Como o Japão Reinventou os Quadrinhos<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SF1IOf7kMqI/AAAAAAAAAGA/-xg7w0qNqKc/s1600-h/060623_manga_capa_00.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SF1IOf7kMqI/AAAAAAAAAGA/-xg7w0qNqKc/s400/060623_manga_capa_00.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5214403357491606178" border="0" /></a><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:verdana;" ><span style="font-size:85%;">(Recomendação do Blog)</span></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 102, 0);font-family:verdana;" >
Mangá: Como o Japão Reinventou os Quadrinhos</span><h3 style="font-weight: bold;font-family:verdana;" class="tituloLaranja"><span style="font-size:85%;">PAUL GRAVETT</span> </h3><h3 style="font-weight: normal; text-align: justify;font-family:verdana;" class="tituloLaranja"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Com a derrota na II Guerra Mundial, o Japão pôde enfim ser inundado com os bens de consumo e produtos culturais do Ocidente. Porém, em vez de se render às pretensas maravilhas do mundo ocidental, os japoneses as fizeram se adaptar a suas próprias tradições e as devolveram ao mundo como algo completamente novo. E o maior exemplo disso talvez sejam as histórias em quadrinhos. Em </span><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;font-size:85%;" >Mangá: Como o Japão Reinventou os Quadrinhos</span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >, Paul Gravett examina o surgimento de uma indústria poderosa, responsável por aproximadamente 40% de todo o material impresso no país. Ricamente ilustrado com páginas de desde os grandes clássicos dos mangás até os sucessos mais recentes, o livro é uma fonte inestimável de informação sobre o mais criativo e fascinante mercado de quadrinhos da atualidade.</span>
</h3><ul class="geral"><li class="justificado"><table style="width: 640px; height: 24px;" border="0"> <tbody><tr><td class="text" valign="top" width="50%"> <b style="font-family: verdana;">Editora:</b><span style="font-family:verdana;"> Conrad</span>
</td></tr></tbody></table></li></ul>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-80784469392472284632008-06-18T15:12:00.000-03:002021-10-30T16:17:36.970-03:00Abertura do Anime Holy Avenger<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<div style="text-align: left;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxCTeN8aryCiDPx2lGxOMTv6ybN_6_WmJe2mLkWEioXRM4W77QVA7GZfUhvMxj3Wp4DOkmikhsciaxdwr2RMQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>
<div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >O que estava nos quadrinhos pode tornar-se <span style="color: rgb(0, 0, 153);">ANIME</span>. Ainda não se tem dados <span style="font-weight: bold;">oficiais</span> desta produção, mas contamos que a equipe de Marcelo Cassaro possa dar seguimento a esta fabulosa produção de grande sucesso dos quadrinhos.</span><span style="font-size:100%;">
</span><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" >Esta é uma boa oportunidade de mostrar que nós brasileiros também temos produções artísticas de excelente qualidade. São votos à equipe de criação de <span style="color: rgb(0, 0, 153); font-weight: bold;">Holy Avenger</span>.</span>
</div></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-35060670113550688272008-05-29T14:25:00.000-03:002021-11-08T15:47:00.378-03:00CURSO IMPACTO<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<a href="http://www.impactoquadrinhos.com.br/escola/" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205855610944741858" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SD7qGKpV4eI/AAAAAAAAAFc/gF7naeRrp6k/s320/impacto.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 302px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 215px;" /></a>
<span class="style1 style3" style="font-family: verdana; font-size: 100%;">O CURSO IMPACTO oferece um grande diferencial: os alunos estarão em contato com os artistas atuantes no mercado de quadrinhos; serão também incentivados à produção de projetos próprios e em grupo, sendo que os melhores trabalhos serão oferecidos para as editoras nacionais além de serem encaminhados à escritórios de agenciamento, visando uma possível publicação no mercado americano e brasileiro.
Acesse: <a href="http://www.impactoquadrinhos.com.br/escola/">https://www.institutohq.com.br/sobre-nos</a>
</span>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-60567854294022727062008-05-16T14:13:00.000-03:002021-11-05T19:59:17.641-03:00Biografia de Amedeo Modigliani<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<div style="text-align: justify;"><a href="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3Bn6eTqyI/AAAAAAAAAEM/V0_bv-SxQls/s1600-h/auto-retrato_Modigliani.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img border="0" height="320" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201026036138224418" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3Bn6eTqyI/AAAAAAAAAEM/V0_bv-SxQls/w198-h320/auto-retrato_Modigliani.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" width="198" /></a><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">F</span></span>oi como se tivesse vivido há muito tempo. Foi como se tivesse vivido muito tempo. Os dados que se têm de sua biografia mal dão conta do que foi a aventura de sua existência. A biografia não explica a obra que deixou. E a obra é irredutível a rótulos em termos de escolas e tendênc</span><span style="font-family: verdana;">ias. Por isso, poucos se arriscam a responder, além dos fatos conhecidos, à pergunta aparentemente retórica: quem foi Amedeo Modigliani?
</span></div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">A</span></span>medeo Modigliani nasceu a 12 de Julho 1884, em Livorno, na Toscana. Modigliani é uma cidadezinha ao sul de Roma de onde uma antiga família judaica tirou seu nome. O avô de Amedeo era um rico banqueiro, mas o pai Flaminio, não passava de um pequeno homem de negócio, às portas da ruína. A mãe Eugénie Garsin, descendia de uma família de judeus sefarditas estabelecida em Marselha, na França, cujas origens remontam ao filósofo Espinosa. Amedeo era o quarto filho do casal.</div><div style="font-family: verdana;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">A</span></span> figura materna representou, com certeza, papel importante na formação do menino, o último e mais frágil dos irmãos. Viva, decidida, culta, de mente aberta, Eugénie esforçou-se para que a educação de seus filhos vencesse as estreitas fronteiras da província. Giuseppe Emmanuele, o primogênito, viria a ser uma das personalidades marcantes do movimento socialista italiano. Deputado, escolherá o exílio quando os fascistas chegam ao poder.
</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">E</span></span>ugénie sentia uma ternura toda especial por Amedeo, nascido tardiamente e na pobreza. Ela se perguntava no seu diário: "Será ele um artista?" A pergunta tinha seus fundamentos. No liceu de Livorno, onde o garoto estudava, os professores percebiam sua inclinação pelo desenho. Freqüentemente, porém, faltava às aulas. Motivo: doença. Em 1895, com onze anos, contrai pleurisia. Em 1898, febre tifóide com complicações pulmonares. Ocupa o tempo de repouso com leituras escolhidas pela mãe: poesia clássica e moderna, ensaios ricos de máximas, aforismos e sentenças (que tanto gostaria de citar de memória em conversas nos cafés de Paris), textos de história da arte.
</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana;"> </div> <div style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">C</span></span>urado do tifo, o jovem começa seu aprendizado em pintura. A mãe o confia a Micheli, um representante livornês dos Macchiaioli - grupo de artistas florentinos, cujo ideal era um pintura realista, com fortes contrastes de luz e sombra. Uma das telas do estudante Modigliani foi achada anos depoi: é o retrato de um adolescente sentado. Não há paisagem: apenas luz fria de um estúdio. Nada nesse trabalho sugere a presença de um futuro mestre. É somente o trabalho de um aprendiz bem comportado.
</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">E</span></span>m 1901, Amedeo sofre uma recaída. Está ameaçado de tuberculose, diagnostica o médico. É melhor que passe uns tempos em região de clima mais saudável, aconselha. Dias depois, em companhia da mãe, o jovem segue para Capri, no sul. Depois Nápoles, Roma, Florença. Sempre interessado em arte, não escapa à sedução de Florença, matriculando-se na Escola de Belas-Artes. O ano é 1902.</div><div> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">N</span></span>aquela época, Florença não significava apenas artes plásticas. Era também um centro de inquietas discussões de filosofia e literatura. Os jovens sonhavam com a glória dos poemas de D'Annunzio e se torturavam coms os tormentos de Nietzsche. Pessimismo e violência compunhavam a um só tempo a perspectiva de seu horizonte. E tramavam a tragédia de seus destinos: vários deles morrerão antes dos trinta anos, por doença ou suicídio. Por enquanto, vivos e desesperados, são os príncipes da juventude de Modigliani. D'Annunzio é seu rei. O "super-homem" de Nietzsche, sua mitologia. A pintura ocupa então um lugar quase secundário na atividade de Modigliani, posta de parte pelas intermináveis discussões que movimentavam as inquietas noites florentinas. É possível que seu temperamento inquieto não se satisfizesse com as tímidas inovações dos Macchiaioli. Tanto assim que, em 1903, ele troca Florença por Veneza, em cuja Escola de Belas-Artes se increve. Mas, ao invés de conduzir os estudos regulares, prefere circular pelas ruelas da cidade, olhar horas a fio os mosaicos da Igreja de São Marcos ou as telas elegante de Carpaccio expostas nas <i>gallerie. </i>Para os colegas, é apenas um diletante, um moço erudito que freqüenta museus para afugentar o tédio. Entretanto, Amedeo Modigliani escrevia ao amigo Oscar Ghiglia: "Escrevo para desabafar-me contigo e para afirmar-me diante de mim mesmo. Estou dominado pelo brotar e desaparecer de enregias fortíssimas. Queria, pelo contrario, que minha vida fosse um rio rico de abundância derramando alegria sobre a terra. A ti posso enfim dizer tudo: pois bem, sou rico e fecundo e tenho necessidade da obra. Eu agora possuo o orgasmo, mas é o orgasmo que precede o prazer, ao qual sucederá aatividade - vertiginosa e ininterrupta - da inteligência". <a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3DvqeTqzI/AAAAAAAAAEU/YShC60ZNzis/s1600-h/Senhora_g+van+muyden-1917.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201028368305466162" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3DvqeTqzI/AAAAAAAAAEU/YShC60ZNzis/s320/Senhora_g+van+muyden-1917.JPG" style="cursor: pointer; float: right; height: 370px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 256px;" /></a></div> <div> </div> <div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">M</span></span>odigliani sonha com Paris. Como tantos outros, de outros países, via a sua terra natal como uma província confinada, cujo presente nada acrescentava às glórias artísticas do passado. Um jovem catalão realizou esse sonho em 1900. Chamava-se Pablo Picasso. Em 1904, foi a vez do italiano Brancusi. Em 1906, o espanhol Juan Gris, o russo Kandinsky. O italiano Modigliani.</div></div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">O</span></span> Modigliani que chega a Paris e se instala numa água-furtada da Rue Caulaincourt é um jovem de estrutura pouco abaixo da média, que veste todos os dias o mesmo paletó de veludo <i>côtele</i> e tem uma imensa vontade de seduzir o novo ambiente para afirmar-se e de afirmar-se para seduzir. "Seus cabelos pretos como as penas de um corvo circundam uma fronte poderosa", descreve-o o escultor russo Zadkine. "Sua barba cortada rente é uma sombra azul em sua figura de albatroz."</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> <span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">R</span></span>aros porém são os que se dão ao trabalho de prestar atenção a mais esse estrangeiro. No bairro de Montmartre, habitado ou freqüentado por Van Dongen, Juan Gris, Salmon, Max Jacob,<a href="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3EzKeTq0I/AAAAAAAAAEc/LJjOzQQxQ6Q/s1600-h/modigliani_diego_rivera.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201029527946636098" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3EzKeTq0I/AAAAAAAAAEc/LJjOzQQxQ6Q/s320/modigliani_diego_rivera.jpg" style="cursor: pointer; float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px;" /></a> Braque, Derain, Dufy, Matisse, G. Apolinaire e J. Cocteau, já se pressentia que Picasso seria Picasso, mas nínguém se ocupava desse italiano interessado em belas jovens, boa poesia e que dizia frases do tipo "Eu adoro a filosofia". Ainda eram poucos os que chamavam "Modi" ou "Dedo". Ele vive à custa da mesada que a mãe regularmente envia e que lhe permite começar os meses faustosamente e terminá-los quase a zero.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">A</span></span>lgum tempo depois de sua chegada a Paris, Modigliani dizia brincando que só havia encontrado um cliente para seus quadros - um cego. Não estava longe da verdade. O velho Léon Angeli, da Rue Gabrielle, quase cego, comprava metódicamente as telas dos jovens pintores, como alguém que joga ao mesmo tempo em vários números da roleta. No início da guerra de 1914, desesperado por falta de dinheiro, Angeli venderá a preços irrisórios toda a sua coleção e morrerá na miséria em 1921.</div> <div style="font-family: verdana;"> </div> <div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">P</span></span>or volta de 1908, Modigliani encontra o Dr. Paul Alexandre, <i>marchand</i> amador, que lhe dá o conforto de uma amizade, o calor de uma adimiração e a ajuda material de um comprador. O Dr. Alexandre não tinha muitos recursos, mas durante vários anos gastou o necessário para constituir uma coleção de "Modiglianis" que conservou, intacta e zelosamente, através das incertezas de duas guerras, recusando ofertas de venda cada vez mais fabulosas. Parece que, à excessão do Dr. Alexandre e de alguns amigos pintores que encorajavam Modigliani, nem os negociantes de quadros nem os profissionais tinham então a medida da importância de sua obra. Não que Modigliani fosse desconhecido. Mas certamente era subestimado. Reconhecia-se seu talento, mas não se via em seus retratos muita originalidade. O homem era boêmio e agressivo. O artista, um menino bem comportado. Para a maioria, sua pintura era "tímida". E havia quem a julgasse até acadêmica.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">E</span></span>m companhia do Dr. Alexander, Modiglini - que se inscrevera na Sociedade dos Artistas Independentes - percorre as esposições de Cézanne ou Matisse, os pintores que, com Toulouse-Lautrec, mais despertavam seu entusiasmo. Vai ainda aos antiquários, à galeria de Paul Guilaume. No Museu Etnografia descobre a estatuária africana, como o fizeram tantos artistas de sua geração.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">E</span></span>m 1908, expõe pela primeira vez no Salão dos Independentes. Apresenta cinco telas e um desenho. São retratos cujo estilo lembra os períodos "azul" e "rosa" de Picasso, cujotraço sugere Gauguin. Tudo o que pinta ou desenha entre 1906 e 1909 dá a impressão de ser uma busca, uma pesquisa segundo o método do "ensaio-e-erro". Menos quanto ao tema dos trabalhos, que permanecerá idêntico ao longo de sua obra inteira. Enquanto seus colegas volta e meia se dedicam à paisagem. Modigliani continua voltado para um único assunto, observa um único horizonte, só aceita uma única natureza: a figura humana. Sua carreira será toda ela a história de uma longa reflexão sobre o rosto de homens e mulheres. "Sua pintura", escreveu um crítico, "tem o monotonia admirável da paixões."</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">C</span></span>om a exceção de alguns retratos de casais e de retratos de crianças lado a lado, Amedeo Modigliani jamais concebeu na pintura relações humanas que não fossem as do artista confrontado com seu modelo, nem outro problema de composição que não fosse o do ser humano - só - face ao espectador. O universo das paisagens ou dos interiores é só um <i>fundo</i>. Não interessa saber o cenário em que se movem os personagens. Não interessa mostrar criaturas datadas e situadas. Não interessam as miudezas do cotidiano.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;"> N</span></span>o outono de 1909, Modigliani volta a Livorno. Enfrenta sérias dificuldades financeiras, sua saúde já se ressente dos excessos de álcool e de drogas e da falta de alimentação e repouso. No trem que o conduz à Itália, o artista não está pensando porém em seus problemas pessoais e sim nas conversas que mantivera ao longo dos últimos meses com seu mais recente amigo, Constantin Brancusi, o escultor. Este lhe falara com entusiasmo da arte negra e da estatuária primitiva que os antropólogos descobriram. Estimulara-o a trocar os pincéis pelo cinzel e a exprimir no mármore sua visão da figura humana. Ao descer na estação de Livorno, Modigliani está decidido: vai esculpir. Dias depois, já está debruçado na pedra. Trabalha com a convicção dos que descobrem uma nova verdade. Quando tem um conjunto razoável de peças prontas, chama alguns de seus antigos colegas para que as julguem. Mas eles balançaram a cabeça, são severos, desenrolam um sem-número de restrições. Modigliani contém-se para não brigar. Mas terá de libertar pela violência a frustração acumulada. Sem dizer nada a ninguém, coloca as esculturas num carrinho de mão, vai até um dos canais da cidade e joga tudo no rio. Até hoje nenhuma das peças foi recuperada.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">D</span></span><span style="font-family: verdana;">e regresso a Paris, no anos seguinte, Modigliani voltará a esculpir, mas só esporadicamente. Aqui, o problema da falta de recursos se fará sentir. O preço da pedra era muito grande para alguém com tão poucas posses. Ele chegará a roubá-la, às noites, de casas em construção. E terminará por desistir do projeto.</span></div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;">Graças porém à sua experiência como escultor, Modigliani pôde expandir, na pintura, seus verdadeiros meios de expressão, completar sua procura de um ideal plástico. Da arte dos povos africanos, reteve o sistemático alongamento dos rostos, o tratamento geométrico do pescoço, o volume decidido e retilíneo do nariz - que tanto caracterizam seus retratos. Mas incorporou também as licões estéticas dos antigos celtas, das civilizações pré-colombianas, das culturas do Oriente - os ancestrais da arte moderna. Não se trata, contudo, de uma ruptura com o que se chama "a tradição clássica européia", mas as fó<span style="font-family: verdana;">rmulas esteriotipadas que usurpam esse nome. Romper com o academicismo para estreitar os laços com a Academia Universal, com as revelações e conquistas de vários milênios de história de arte.</span></div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> <span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">A</span></span> guerra de 1914 conduz Modigliani a uma situação material ainda mais penosa. Muitos de seus amigos - entre eles o Dr. Alexandre - haviam sido mobilizados. Paris se esvaziava. As relações com a Itália, com sua família e a ajuda que de lá recebia tornavamse cada vez mais irregulares. Dizem que o artista tentou engajar-se, mas os médicos do Exército deram-no como inapto. De modo que só lhe restou ficar em Paris, na condição de civil. Foi então que conheceu seus piores anos de miséria. Mas foi então também que conheceu a poetisa inglesa Beatrice Hastings, com quem viverá dois anos e de quem dependerá para o sustento. Ainda assim, passou o ano de 1914 quase sem produzir nada. Afirmam seus estudiosos que, de um total estimado de 362 quadros, Modigliani pintou menos de uma dúzia entre 1913 e 1915.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><a href="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3K26eTq1I/AAAAAAAAAEk/FnAcEa6JAVE/s1600-h/leopold.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201036189440912210" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3K26eTq1I/AAAAAAAAAEk/FnAcEa6JAVE/s320/leopold.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a></div><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;"> A</span></span> partir de então, porém, e malgrado todas a vicissitudes, a produção do artista se tornará mais e mais abundante. Ninguém duvida de que isso se deve a um obscuro exilado polonês com quem Modigliani travou conhecimento pela primeira vez n o começo de 1915: Léopold Zborowski, que tinha um pequeno negócio de quadros na Rue Joseph Bara. Zbo - como era chamado - foi para Modigliani um empresário, um companheiro, um cúmplice - um amigo. Enquanto o pintor trabalhava ou vagabundeava, Zbo, suas telas debaixo do braço, tentava enternecer e persuadir os grandes, os verdadeiros marchands para que comprassem as obras do jovem italiano desconhecido. Freqüentemente em vão. Freqüentemente o polonês voltava silencioso, os olhos em lágrimas. Contudo, aos poucos, seus esforços deram frutos.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">O</span></span>s colecionadores começaram a se interessar por suas obras, ao mesmo tempo familiares e estranhas, ora dirigidas a uma forma abstrata - à qual as figuras emprestam volume feitio -, ora voltadas à descoberta dos segredos do espírito humano.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">H</span></span>oje, muita gente ainda se pergunta: o que é um Modigliani? É um retrato, de preferência um retrato de mulher, tratado segundo a tradição o retrato decorativo da escola italiana. O traço é sublinhado, constantemente visível. Percorre e organiza a superfície da tela obedecendo a um ritmo de grandes curvas melodiosas. Sugere o corpo humano mediante recurso a deformações arbitrárias: o pescoço e as mãos são desmedidamente alongados, o dorso é relativamente curto, a cabeça - diminuta com relação ao conjunto - é organizada em torno da linha vertical do nariz, e os olhos são pequenas amêndoas. Quase sempre, o modelo está sentado numa cadeira, numa atitude que mistura melancolia e indiferença ou uma sensualidade amortecida e pensativa. Em outras palavras, o que Modigliani exprime é muitas vezes melancolia serena e discreta ou uma estranha ternura ou uma sensualidade melodiosa. Nunca algo que seja "doentio" ou "perverso". Sempre uma pintura inteligente.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">É</span></span> a inteligencia de Modigliani que explica a variedade de sua obra. Ela se traduz em seus retratos pelas variações da técnica: é a natureza do modelo que determina a escolha da expressão gráfica. E aí reside a inteligencia do artista. Pois as mudanças na técnica jamais são uma busca da forma pela forma. O que ele pretende dizer é que determina a linguagem a utilizar. Na aparente monotonia, Modigliani a cada vez renova sua paleta e reinventa uma linguagem. A vida nunca deixou de maravilhar o pintor, ainda que aos pouquinhos o fosse assassinando.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">F</span></span><span style="font-family: verdana;">oi em 1917 que o destino aproximou Modigliani da jovem que seria sua companheira para além da morte: Jeanne Hébuterne. Ele a amou e a pintou com toda a doçura </span><a href="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3NWKeTq2I/AAAAAAAAAEs/Jpo_byRKxRk/s1600-h/Portrait+of+Jeanne+H%C3%A9buterne+%281898+-1920%29,+Common-Law+Wife+of+Amedeo+Modigliani.+1918.+Oil+on+canvas.+92+x+60+cm.+Private+collection..jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" style="font-family: verdana;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201038925335079778" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3NWKeTq2I/AAAAAAAAAEs/Jpo_byRKxRk/s320/Portrait+of+Jeanne+H%C3%A9buterne+%281898+-1920%29,+Common-Law+Wife+of+Amedeo+Modigliani.+1918.+Oil+on+canvas.+92+x+60+cm.+Private+collection..jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a>de que era capaz. Procurou poupá-la ao máximo de suas próprias explosões de cólera, da ira que o ácool fazia subirà tona. Mas não pôde poupá-la da fome, da miséria, da incerteza, agravadas pela má saúde. Era difícil montar exposições; mais ainda, vender os quadros. Para chamar a atenção do público para uma exposição na galeria de Berthe Weil, na Rue Laffite, Zborowski teve a idéia de colocar quatro nus na vitrina. Mas a polícia chegou antes que os compradores e exigiu que as telas fossem retiradas a bem da moral. A mostra redundou em fracasso.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">A</span></span><span style="font-family: verdana;">pesar da carência e meios, consegue arranjar o suficiente para viajar a Nice a fim de não submeter seu organismo debilitado aos rigores do inverno de Paris. Ali encontra breve repouso e tempo para dedicar-se a Jeanne, que lhe dera uma filha em novembro de 1918. A miséria não o impedia de ter certos gestos, ao mesmo tempo absurdos e plenos de humanidade. O pintor Vlaminck lembra que num dia de inverno encontrou Modigliani no</span> <span style="font-family: verdana;">Boulevard Raspail observando o desfile de táxis como um general que passa sua tropa em revista. Um vento gelado mordia-lhe a pele. "Assim que me viu", conta Vlaminck, "aproximou-se muito simplesmente, como se tratasse de uma coisa supérflua, disse: - Eu te vendo meu sobretudo; ele é grande demais para mim; em você cairá melhor." Num dia como esse, Amedeo Modigliani seria capaz de sentar-se num café, desenhar indefinidamente e depois jogar as folhar para o alto como um milionário enlouquecido distribuindo sua fortuna. E se tivesse algum dinheiro ele se derreteria em suas mãos tão depressa quanto neve sob o sol. Horas mais tarde estaria remexendo em seus pertences para descobrir algo - uma valise, um capote - que pudesse vender.</span></div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;">"<span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">E</span></span>u já conheço a vida, logo serei apenas cinzas", confidenciava a Zborowski. De fato, os médicos jamais haviam diagnosticado meningite de origem tuberculosa. A outro amigo, Ortiz de Sarte, dizia: "Olhe, só me resta um pequeno pedaço de cerébro. Eu sei muito bem que é o fim". Numa noite de janeiro de 1920, Modigliani acompanhava alguns amigos pela Rue de la Tombe-Issoire. Está bêbado, tiritando de frio, mal-humorado. Deixa-os quando resolvem entrar em casa de um deles. Senta-se a um banco, agredindo a noite gelada com as piores imprecações. No dia seguinte, delirando de febre e protestando violentamente, é transportado para o Hospital de la Charité. Ao deixar a casa, ainda encontra um momento para segredar a um amigo: "Já me despedi de minha mulher. Leve-a embora. Nós nos pusemos de acordo: nossa alegria será eterna".</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div face="verdana" style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">A</span></span> 25 de janeiro morre no hospital. Segundo a lenda, teria murmurado ao expirar: "Querida, querida Itália". Ao saber de sua morte, Jeanne - que esperava outro filho - foi até o apartamento de seus pais, no quinto andar de um prédio, e atirou-se pela janela.</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;">É</span></span> possível dizer da vida breve de Amedeo Modigliani que tenha sido uma sucessão de caprichos, bebedeiras e derrotas. De miséria e de tristeza. Muitos de seus comtemporâneos o consideravam um boêmio conservador, que buscava uma impossível reconciliação entre a tradição e a audácia. Enganaram-se. O verdadeiro Modigliani passou perto deles, quase invisível, como um personagem de conto de fadas, que dissimula sua identidade como um príncipe com roupa de vagabundo. Um príncipe que um dia escreveu: "A vida é um dom. De poucos para muitos. Dos que sabem e possuem aos que nem sabem e nem possuem".</div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-family: verdana; font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;"> M</span></span><span style="font-family: verdana;">odigliani soube. Modigliani possuiu.</span>
<span style="font-size: 85%;">Fotografia: Amedeo Modigliani e Jeanne Hébuterne</span></span>
<a href="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3PKaeTq3I/AAAAAAAAAE0/A6jSyBM14Oo/s1600-h/Amedeo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201040922494872434" src="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3PKaeTq3I/AAAAAAAAAE0/A6jSyBM14Oo/s320/Amedeo.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><a href="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3PqaeTq4I/AAAAAAAAAE8/8JK-DFk9GWg/s1600-h/Jeanne_Hebuterne.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201041472250686338" src="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC3PqaeTq4I/AAAAAAAAAE8/8JK-DFk9GWg/s320/Jeanne_Hebuterne.jpg" style="cursor: pointer; height: 268px; width: 204px;" /></a>
<div style="text-align: right;">Imagens (de cima para baixo):
<span style="font-weight: bold;">Auto-retrato (100 x 65 cm - de talhe;1919)</span>
Museu de Arte Comtemporânea da Universidade de São Paulo.
Uma das telas do pintor. Severo na estilização que faz de si mesmo, Modigliani não consegue esconder a doença que o consome.
<span style="font-weight: bold;">Retrato da Senhora G van Muyden, 1917</span>
Museu de Arte de São Paulo.
<span style="font-weight: bold;">Retrato de Diego Rivera, 1916.</span>
Museu de Arte de São Paulo.
<span style="font-weight: bold;">Retrato de Léopold Zborowski, 1917.</span>
Museu de Arte de São Paulo.
<div dir="ltr" id="result_box"><span style="font-weight: bold;">Retrato de Jeanne Hébuterne (1898 -1920), Mulher de Amedeo Modigliani, 1918.</span>
Óleo sobre tela. 92 x 60 cm. Coleção privada.</div>
</div><span style="font-family: verdana;"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size: 85%;">Referência Bibliográfica: Genios da Pintura, Abril Cultural, 1980
</span>
</span></span><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC9s1KeTq5I/AAAAAAAAAFE/148FV3VErhs/s1600-h/capa+dvd.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5201495755236551570" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SC9s1KeTq5I/AAAAAAAAAFE/148FV3VErhs/s320/capa+dvd.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 255px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 192px;" /></a><b>Filme:
MODIGLIANI - PAIXÃO PELA VIDA
Sinopse:
</b><span style="font-family: verdana;">Ele revolucionou o mundo das artes como um cometa, dançando sobre as mesas, embriagado de paixão pela vida. Inspirado pelo amor e consumido pela obsessão. Ele é o famoso pintor italiano Amedeo Modigliani, um gênio criativo que viveu e absorveu a charmosa Paris do início do século 20 com uma atração incontrolável pela beleza. Sempre com a mesma intensidade, o judeu Modigliani amou a católica Jeanne Hebuterne e odiou o genial Pablo Picasso. Sua obra inesquecível e sua vida atribulada são agora retratadas neste lançamento imperdível da Universal Pictures que não pode ficar de fora de nenhuma prateleira de bom gosto.</span>
</div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-41934674761441078542008-05-01T19:24:00.000-03:002021-11-08T15:50:02.917-03:00QUANTA ACADEMIA DE ARTES<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<a href="http://www.quantaacademia.com/escola/index.htm#" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5195539287516447362" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBpDdHEBAoI/AAAAAAAAAEE/n3yx9XuleUE/s320/logo_over.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-size: 100%;">
</span><span style="font-family: Tahoma,Verdana,Arial; font-size: 100%;"> A <strong>Quanta</strong> é uma escola dedicada ao ensino das artes gráficas e digitais. Todos os CURSOS foram formatados por nossos professores, profissionais de renome nacional e internacional, atuantes nas áreas em que lecionam: ilustração, histórias em quadrinhos, animação e computação gráfica.</span><span style="font-family: Tahoma,Verdana,Arial; font-size: 100%;">
Nosso compromisso é levar a sério a parceria firmada entre escola e aluno, tendo como meta principal ensinar com qualidade, não importando se o objetivo do aluno é ampliar seus conhecimentos artísticos ou tornar-se um profissional. Seja qual for a sua escolha, saiba que muitos de nossos alunos são hoje profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente, a maioria deles apresentados por intermédio de projetos criados pela escola.
</span><span style="font-size: 100%;"><span class="links"><span style="font-family: Tahoma,Verdana,Arial;"><strong>CONHEÇA NOSSOS CURSOS!</strong></span></span></span><div><span style="font-size: 100%;"><span class="links"><span style="font-family: Tahoma,Verdana,Arial;"><strong><br /></strong></span></span></span></div><div><span style="font-size: 100%;"><span class="links"><span style="font-family: Tahoma,Verdana,Arial;"><strong>site atualizado </strong></span></span></span><span style="font-family: Tahoma, Verdana, Arial;"><b><a href="https://quantaacademia.com/">https://quantaacademia.com/</a></b></span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-56860391093888548572008-04-26T18:28:00.000-03:002021-11-08T15:54:59.522-03:00Livro mostra como usar HQs em sala de aula e muito mais<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<div align="justify"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193669671072629330" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBOfDHEBAlI/AAAAAAAAADs/M0S7Qm9abtI/s320/h0175_edgibi_capa.jpg" style="cursor: hand; float: right; margin: 0px 0px 10px 10px;" /> <span style="font-family: verdana;">Houve um tempo em que histórias em quadrinhos só entravam na escola se fossem escondidas no meio de um livro. E outro no qual “especialistas” do Ministério da Educação afirmavam que as HQs causavam “lerdeza mental”. Nos dias de hoje, porém, pesquisas indicam que a simples leitura de quadrinhos melhora a proficiência de alunos e, mais ainda, se bem utilizadas, elas podem ser uma forte aliada do professor em sala de aula. É o que defende – e explica como fazer – o cartunista e mestre em Educação DJota Carvalho, em A educação está no gibi, livro publicado pela Papirus Editora.
DJota, que também é professor de Teoria da Comunicação na PUC-Campinas e ministra palestras sobre como utilizar quadrinhos na escola há onze anos no projeto Correio Escola, conta no livro não só como o professor pode utilizar diretamente as HQs nas mais diversas disciplinas, como também faz uma mini-oficina ilustrada com dicas para produzir uma história em quadrinhos como trabalho multidisciplinar. “É possível usar Mônica e Cebolinha pra ensinar matemática, Super-heróis para Física e Química, quadrinhos Disney e Asterix para história, Xaxado e Príncipe Valente para geografia...não há limites. Na verdade, a única disciplina para a qual não achei uma forma de contribuir com as HQs é Educação Física. Por enquanto”, diz o autor.
</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family: verdana;">A educação está no gibi tem prefácio de Fernando Gonsales, autor da tira Níquel Náusea, e a apresentação do livro é uma história em quadrinhos de quatro páginas, desenh<a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBOgYnEBAmI/AAAAAAAAAD0/sHZsCS662R0/s1600-h/h0175_ed_gibi_hq_grande.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193671139951444578" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBOgYnEBAmI/AAAAAAAAAD0/sHZsCS662R0/s320/h0175_ed_gibi_hq_grande.jpg" style="cursor: hand; float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" /></a>ada pelo premiado cartunista Bira Dantas. "O Bira colocou tantos detalhes e personagens de quadrinhos nos cenários da HQ que só ela já vale o livro", diz DJota.
A obra tem sete capítulos, todos ricamente ilustrados, nos quais DJota primeiro explica um pouco sobre diferenças entre as artes gráficas (charge, cartum, HQs, tiras e caricaturas), depois fala sobre a história da HQ no Brasil e no mundo e, ainda, faz um histórico da conturbada relação entre HQs e educação no país.
“Achei importante contextualizar um pouco, para que o professor não caia de pára-quedas na história. Por isso mesmo, antes de entrar nos exercícios específicos, ainda falo um pouco sobre mangás, os quadrinhos japoneses que hoje em dia assustam muitos pais e educadores, e já ensino a fazer um exercício de português e estudo do folclore usando Dragon Ball, o mais popular dos desenhos do oriente”, conta.</span></div><div align="justify">
</div><div align="justify"><span style="font-family: verdana;">Isso feito, o autor descreve vários exercícios utilizando HQs em matemática, português, física, biologia, inglês, química, literatura, geografia e história. Em geral, os exercícios propõe usar quadrinhos para explicar determinados conteúdos ou então mostrar como eles se inseriram em certos períodos e situações.
“São dois ou três exercícios por disciplina, às vezes mais. Há exemplos para uso no ensino infantil, fundamental e médio,e o professor pode fazer suas próprias adaptações ou até mesmo pedir ajuda, pelo e-mail disponibilizado no livro”, diz.
Por fim, no último capítulo, o autor dá dicas básicas, todas ilustradas, para professores e alunos produzirem histórias e<a href="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBOidHEBAnI/AAAAAAAAAD8/KG692q7Il8Y/s1600-h/h0175_ed_donnazista.jpg"><span style="font-family: verdana;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193673416284111474" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBOidHEBAnI/AAAAAAAAAD8/KG692q7Il8Y/s400/h0175_ed_donnazista.jpg" style="cursor: hand; float: right; margin: 0px 0px 10px 10px;" /></span></a> até montarem um fanzine em sala, como atividade multidisciplinar. "Muitos professores tentam produzir uma história com os alunos em sala, mas sempre se defrontam com os mesmos problemas, como textos que não cabem em balões e a dificuldade em desenhar os quadrinhos, por exemplo. Por isso inclui uma mini-oficina no livro, para mostrar como superar estes problemas e transformar a atividade de fazer HQs em algo mais simples e divertido, mas ao mesmo tempo rico em conteúdo escolar”, diz.
Para DJota, as HQs são uma mídia atraente, financeiramente acessível e fácil de usar. "Tem gente que acha que quadrinhos são coisa de criança, mas eles são muito mais do que isso: são uma forma eficiente de melhorar o ensino e a relação professor/aluno”, conclui. O livro foi publicado pela </span><span style="font-family: verdana;">Papirus Editora</span><span style="font-family: verdana;">, tem 112 páginas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana;"></span> </div><div align="left"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: 85%;">Texto e imagens extraídas do site: </span><span style="font-size: 85%;">http://hq.cosmo.com.br/textos/hqcoisa/h0175_educa%E7%E3oest%E1nogibi.htm</span></span></div><div align="left"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: 85%;"><br /></span></span></div><div align="left"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: 85%;">adquira o seu <a href="https://www.estantevirtual.com.br">https://www.estantevirtual.com.br</a></span></span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-47698885692350825292008-04-25T14:07:00.000-03:002021-11-08T16:04:14.160-03:00Mangá: o estilo japonês conquista o Brasil<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<div style="text-align: justify;"><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBIQj3EBAhI/AAAAAAAAADM/puQAj_C7zYY/s1600-h/Astroboy001w.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193231528573862418" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBIQj3EBAhI/AAAAAAAAADM/puQAj_C7zYY/s400/Astroboy001w.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 222px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 291px;" /></a><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">A palavra Mangá era um mistério total para os brasileiros não-aficcionados a quadrinhos, até pouquíssimo tempo atrás. Apesar de o Brasil ter uma das maiores especialistas no assunto - a professora Sônia M. Bibe Luyten - e desde os primórdios da nossa televisão exibirmos vários desenhos animados japoneses (anime) que surgiram de mangás - como <i>A Princesa e o Cavaleiro, Fantomas e Speed Racer</i>, para manter a lista curta -, o mangá só ganhou espaço mesmo nas bancas e no</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> dia-a-dia brasileiro na década de 90.</span><span style="font-size: 100%;">
</span><div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;"><div style="text-align: justify;"><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">Analisar os porquês desse fenômeno é tarefa complicada. Com certeza, a popularização teve influência do fenômeno <i>Akira</i>, um belíssimo Mangá de Katsuhiro Otomo lançado pela editora Globo no começo dos anos 90 (também lançado nos cinemas em </span><span style="font-size: 100%;"><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBIRR3EBAiI/AAAAAAAAADU/TpyBALjRLcc/s1600-h/0008+-+Cavaleiros+-M.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193232318847844898" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBIRR3EBAiI/AAAAAAAAADU/TpyBALjRLcc/s320/0008+-+Cavaleiros+-M.JPG" style="cursor: pointer; float: left; height: 200px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 275px;" /></a></span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">desenho animado), assim como desenhos como <i>Os Cavaleiros do Zodíaco</i> e<i> Dragon Ball Z </i></span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">conquistaram um novo público para o traço.</span>
</div></div></div><div style="text-align: justify;"><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> Da mesma forma, várias editoras descobriram que o traço mais rápido do mangá conquistava os </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">leitores mais jovens com facilidade - provavelmente em decorrência dos desenhos - e apostaram em lançamentos neste estilo (a editora Trama, por exemplo, tem dois títulos fixos de Mangá nas bancas até o momento - set</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">embro de 2000 -, <i>Holy Avenger</i> e <i>Victory)</i>.</span>
<span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">
Independentemente de quais sejam os motivos, o fato é que a palavra - e o estilo - Mangá está se tornando mais conhecido. Personagens de olhos grandes, traço simples (por vezes transformado em infantil) com direito a gotas de suor e sangue, uma certa dose de violência (que tem sua raiz cultural no Bushido, ou código do S</span><span style="font-size: 100%;"><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBISw3EBAjI/AAAAAAAAADc/UAM8CONPlvc/s1600-h/Capa-Holy-Avenger-Volume-II.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193233950935417394" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBISw3EBAjI/AAAAAAAAADc/UAM8CONPlvc/s400/Capa-Holy-Avenger-Volume-II.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 222px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 301px;" /></a></span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">amurai) e até mesmo </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">uma sensualidade comedida.</span>
<span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> Estas características são comuns à maioria dos mangás, mas, afinal, como surgiu o estilo japonês das HQs?</span>
<span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"><b>Origens</b></span>
<span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">A palavra Mangá se origina da união de duas palavras do alfabeto Kanfi (um dos três existentes no Japão): Manketsu (conto ou história) e Fáshiko (ilustração). O mangá mais antigo já encontrado data de 1702 (Tobae Sankokushi) e já tinha divisào em quadrinhos e balões.
</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> A origem dos mangás é o Teatro das Sombras ou Oricom Shohatsu, no qual um grupo de artistas japoneses percorria vilarejos - na época feudal - contando lendas por meio de fantoches. As lendas acabaram sendo escrit</span><span style="font-size: 100%;"><a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBIUq3EBAkI/AAAAAAAAADk/zU3e0n02Eqc/s1600-h/Sailor_Senshi2.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193236046879457858" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SBIUq3EBAkI/AAAAAAAAADk/zU3e0n02Eqc/s320/Sailor_Senshi2.png" style="cursor: pointer; float: left; height: 293px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 229px;" /></a></span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">as em rolos de papel e ilustradas, dando origem a histórias seqüenciais. As editoras de mangá no Japão </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">começaram a se desenvolver em 1920 e viveram um grande auge até a década de 40.</span>
<span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> Com a segunda guerra mundial, a produção foi interrompida, mas voltou após 45, graças em parte ao plano Marshall, que destinou verbas para os livros japoneses. Com uma população estimulada a ler e poucas atrações culturais - a guerra havia destruído a maioria dos lugares destinados à cultura e ao ensino de artes -, as editoras de mangá viveram um de seus maiores booms.</span>
<div style="text-align: justify;"><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> É nesta época, por sinal, que surge Ossamu Tezuka, o "Walt Disney Japonês". Entre outros, Tezuka criou <i>A Princesa e o Cavaleiro </i>(ou princesa Safiri, ou Ribon No Kishi), o<i> Menino Biônico</i> e <i>Kimba</i>. </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">Mais ainda, o autor criou o estilo mais presente nos mangás: os
</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">olhos grandes dos personagens, presentes até hoje e que transformaram o nome de Tezuka no do maior desenhista japonês de HQs.</span>
</div><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> Outro grande destaque entre os quadrinistas japoneses foi a dupla<br /> Kazuo Koike e Goseki Kojima,</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> que criou o famoso <i>Ronin Yasha</i>, bem mais conhecido entre os fãs brasileiros como <i>Lobo Solitário -</i> o personagem teria ge</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">rado admiração até mesmo por parte do quadrinista americano </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://kanto.legiaodosherois.com.br/w760-h398-gnw-cfill-q80/wp-content/uploads/2021/08/legiao_dTH1nxQkJsKO.jpg.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="398" data-original-width="760" height="168" src="https://kanto.legiaodosherois.com.br/w760-h398-gnw-cfill-q80/wp-content/uploads/2021/08/legiao_dTH1nxQkJsKO.jpg.jpeg" width="320" /></a></div>Frank Miller, que, ao que consta, "bebeu" na fonte do <i>Lobo </i>para criar seu <i>Ronin</i>. O Lobo, por sinal, não foi o único Mangá famoso de Koike: mais tarde, ele criaria Crying Freeman.</span>
<span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"> </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">A maioria dos mangás acabou indo para a TV, em forma de desenho anima</span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">do (anime). Entre os mais famosos, além da já citada princesa Safiri, vieram <i>Speed Racer</i> (no original, <i>Go Mifume</i>), uma versão japonesa (e depressiva) de <i>Pinóquio</i> e posteriormente <i>Sailor Moon</i>, <i>Cavaleiros </i></span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"><i>do Zodíac</i></span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;"><i>o </i>e <i>Dragon Ball Z</i>, entre outros. Já Pokémon, um dos favoritos da criançada, se originou de um videogame da intendo, </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 100%;">mas antes de virar animetambém passou </span><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 85%;"><span style="font-size: 100%;"> pelo Mangá. </span></span>
</div><span face="Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif" style="font-size: 85%;">
Texto extraído do site:http://hq.cosmo.com.br/textos/educacaoteses/teses_e_hqipoteses3.shtm
</span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-69016469281450027422008-04-18T18:40:00.000-03:002021-11-08T16:05:13.511-03:00<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<div style="text-align: center;"><a href="http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.noticias/noticias-2008/4a-edicao-da-sp-arte-2013-feira-internacional-de-arte-de-sao-paulo-de-24-a-27-de-abril-1" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190703607403430066" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SAkVbe2ewLI/AAAAAAAAADE/Gz_4bWoB9r4/s400/image.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-family: arial; font-size: 100%; font-weight: bold;">4ª edição da SP ARTE – Feira Internacional de Arte de São Paulo, de 24 a 27 de abril
</span><div style="text-align: left;"><span><span style="font-size: 85%;"><span style="font-family: verdana;">O Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera vai se transformar novamente no principal ponto de encontro da arte no País: de 24 a 27 de abril acontece a 4ª edição da </span><b style="font-family: verdana;"><span style="color: black;"><span style="font-family: verdana; font-style: italic;">SP ARTE – Feira Internacional de Arte de São Paulo.</span> </span></b><span style="color: black; font-family: verdana;">Cerca de 2.400 obras, de mais de 1000 artistas, traçarão um</span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: 85%;"><span style="font-family: verdana;"> panorama da produção artística moderna e contemporânea nacional e internacional, com a participação de 68 galerias de arte, sendo sete estrangeiras, vindas de países como a França, Chile, Argentina, Portugal e Uruguai</span></span>.
</span></span><div style="text-align: right;"><br /></div></div></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-21198378587770260132008-04-18T18:08:00.000-03:002021-11-08T16:06:22.212-03:00<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<a href="http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2708" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190697989586206882" src="http://bp2.blogger.com/_pXaZwvKklQA/SAkQUe2ewKI/AAAAAAAAAC8/Ve15ZU-0huQ/s400/280329.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-size: 85%;"><span style="font-family: verdana;">O Itaú Cultural dá continuidade ao programa que, desde 1997, incentiva e premia novos talentos. No biênio 2008-2009, acontece a quarta edição da categoria Artes Visuais, que fará o mapeamento deste momento da produção contemporânea, contemplando obras em diversas linguagens e suportes.</span>
<span style="font-family: verdana;">O edital impresso do programa é distribuído gratuitamente em instituições de todo o Brasil. Confira </span></span><span style="color: #0000ee; font-family: verdana;"><span style="font-size: 13.6px;"><u>https://rumositaucultural.org.br/</u></span></span>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-68165201492190550032008-04-06T19:19:00.001-03:002021-10-30T16:19:30.550-03:00Pintura em Parede<head><script async src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"
crossorigin="anonymous"></script></head>
<a href="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lM1zOKB6I/AAAAAAAAACo/BDebx8WnI0U/s1600-h/pintura_em_parede.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186260933060200354" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lM1zOKB6I/AAAAAAAAACo/BDebx8WnI0U/s320/pintura_em_parede.jpg" border="0" /></a>
<div>Esta foi uma Pintura feita na parede da casa de um colega no ano de 2004.
<p align="left"><a href="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lMpDOKB5I/AAAAAAAAACg/sRjyv-9WCjk/s1600-h/pintura_em_parede.jpg"></a></p></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2751743995755157240.post-35806605475429856692008-04-06T18:49:00.001-03:002021-11-08T16:15:21.791-03:00Drunna<head><script async="" crossorigin="anonymous" src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js?client=ca-pub-5711950501409917"></script></head>
<a href="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lFjjOKB0I/AAAAAAAAAB4/bItGVdYV8as/s1600-h/druna.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186252922946193218" src="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lFjjOKB0I/AAAAAAAAAB4/bItGVdYV8as/s320/druna.jpg" style="cursor: hand; float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" /></a><div style="text-align: left;"><strong><span style="font-family: verdana;">Esta foi uma reprodução que fiz da personagem Drunna do artísta Paolo Eleuteri Serpieri.</span></strong>
<strong style="font-family: inherit; font-size: small;"><span style="color: #990000;">Referência Artística</span></strong></div><div style="text-align: left;"><strong><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"><br /></span></strong></div><div align="justify">Paolo Eleuteri Serpieri desde cedo se interessou pela carreira artística. Fã do pintor Renato Guttuso, estudou no Liceu Artístico, em Roma, e quando se formou - na época estava com pouco mais de 20 anos - foi convidado pela escola a permanecer como professor de anatomia, tal era a perfeição de seus traços e noções de desenho do corpo humano. Nesta época, Serpieri se dedicava à pintura de quadros.</div>
<div align="right"><a href="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lHrjOKB2I/AAAAAAAAACI/5ieYTDg2c74/s1600-h/drunna.jpg"><strong><span style="font-family: arial;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186255259408402274" src="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lHrjOKB2I/AAAAAAAAACI/5ieYTDg2c74/s320/drunna.jpg" style="cursor: hand; float: right; margin: 0px 0px 10px 10px;" /></span></strong></a><span style="font-family: arial; font-size: 78%;"><strong>Figura 1
</strong></span></div>
<div align="justify">Mas, em breve, um amigo do artista - o editor Michele Mercurio - o convidou para fazer histórias em quadrinhos na revista Lanciostory. Serpieri dedicou-se inicialmente às HQs do velho Oeste, como o general Custer, que ganhou vida na revista em 1979. Também desenhou grandes mitos do mundo cowboy para a revista Skorpio e fez "A História do Far West em HQ" para a editora Larousse - logo depois, faria uma versão ilustrada da Bíblia para a mesma editora.</div>
Em 1982, Serpieri começou a fazer HQs com pitadas de ficção científica, com "Force", uma história de sete páginas na qual um casal nu é atacado por monstros. A seguir, cria L'Indiana Branca, onde conta a história de Sarah, uma mocinha branca criada por índios.
<div align="justify"></div><a href="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lJXjOKB3I/AAAAAAAAACQ/0hq1tsFnFAk/s1600-h/druuna1.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186257114834274162" src="http://bp3.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lJXjOKB3I/AAAAAAAAACQ/0hq1tsFnFAk/s320/druuna1.jpg" style="cursor: hand; float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" /></a><span style="font-family: arial;"><strong><span style="font-size: 78%;">Figura 2</span>
</strong></span>
<div align="justify"></div><div style="text-align: justify;">Em 1984, na revista L'Eternauta, Serpieri desenha La Bestia, uma ficção científica ambientada em clima mexicano. E então... em 1985, durante uma convenção de quadrinhos na Espanha, Serpieri revela aos amigos que está cansado de fazer um gênero de quadrinhos que exigia tanta pesquisa e que estria lançando em breve um grande sucesso, com o qual ganharia muito dinheiro. Dito e feito:</div><a href="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lJ5DOKB4I/AAAAAAAAACY/EG7iUIyWHaU/s1600-h/druuna2.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186257690359891842" src="http://bp1.blogger.com/_pXaZwvKklQA/R_lJ5DOKB4I/AAAAAAAAACY/EG7iUIyWHaU/s320/druuna2.jpg" style="cursor: hand; float: right; margin: 0px 0px 10px 10px; text-align: justify;" /></a><div style="text-align: justify;">em dezembro daquele mesmo ano saia na revista L'Eternauta a personagem Druuna, com a minissérie Morbus Gravis.Logo de cara, a voluptuosa personagem - que alguns críticos de quadrinho chamam de "Barbarella que comeu muito spaghetti" - consquistou milhares de leitores. Logo a Itália ficou pequena demais para Serpieri e Druuna foi lançada em toda a Europa e, a seguir, teve histórias publicadas no Brasil e nos Estados Unidos.Por aqui, Druuna apareceu nas revistas Heavy Metal/Metal Pesado e chegou a ter algumas edições especiais publicadas - a própria Metal Pesado editou dois exemplares de Morbus Gravis.</div><div align="right"><span style="font-family: arial; font-size: 78%;"><strong>Figura 3</strong></span></div><div align="left"><strong><span style="font-family: Arial;"><span style="font-size: 85%;">texto extraído do site: </span><span style="font-size: 85%;">http://hq.cosmo.com.br/TEXTOS/quadrindex/qdruuna.shtm</span></span></strong></div><div align="left"><strong><span style="font-family: Arial;"><span style="font-size: 85%;"><br /></span></span></strong></div><div align="left"><strong><span style="font-family: Arial;"><span style="font-size: 85%;">Adquira em </span></span></strong><span style="font-family: Arial;"><span style="font-size: 13.6px;"><b><a href="https://pipocaenanquim.com.br/">https://pipocaenanquim.com.br/</a></b></span></span></div>ANDERSON SILVAhttp://www.blogger.com/profile/14438363866085694866noreply@blogger.com2